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Ripz investe em expansão com produtos próprios

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Foto: Divulgação

Empresas multinacionais têm buscado no litoral paranaense a solução para questões do ramo de papeis de higiene. Resolver problemas com excessos de produção e demandas específicas para finalização de produtos eram a especialidade da Ripz, que tem sede em Guaratuba (PR), há mais de 20 anos. Nos últimos anos, a produção própria também tem gerado lucros para a empresa familiar, que tem ganhado destaque no setor a nível nacional.

Fundada em 2003, por João Carlos Rieper, a Ripz (na época, São Jorge Guardanapos) atendia a Kimberly-Clarck, uma gigante global. Rieper trabalhou por anos na empresa norte-americana e, quando fundou sua própria empresa, passou a fazer terceirização de serviços. A toalha interfolhas com três dobras e os guardanapos da companhia internacional, por exemplo, eram feitos na primeira sede da empresa familiar, ainda em Curitiba (PR).

“Na época, a Kimberly-Clarck era o principal cliente do meu pai”, conta Rafael Rieper, filho de João Carlos Rieper e diretor executivo da Ripz.

Rafael e sua irmã, Mirian Rieper, assumiram o comando da empresa nos últimos anos, após a aposentadoria do fundador.

Por uma década, o processo de terceirização garantiu lucros estáveis para a Ripz, mas uma mudança com o principal cliente acabaria por trazer uma renovação de mercado. Em 2012, a Kimberly-Clarck anunciou que deixaria de fazer uso do serviço da empresa da família Rieper.

“Tivemos que abrir outros setores que a empresa ainda nem tinha, como atendimento comercial”, explica Mirian Rieper, diretora comercial da empresa paranaense. Neste momento, a Ripz começou a atender outras grandes corporações, entre elas a Melhoramentos.

A principal mudança, contudo, ainda estava para acontecer. Depois de concluir a transferência da sede para Guaratuba, cidade natal dos Rieper, no ano de 2010, ocupando um complexo de 4000m2, a Ripz apostou na produção própria. Para tanto, passou por outras mudanças estruturais.

“Fomos à Taiwan buscar uma máquina com tecnologia exclusiva, que é única no Brasil”, revela Rafael. O maquinário traz uma tecnologia de ponto a ponto na produção de papel, colando folhas finas que se ligam por pontos, passam por cola, dobra e finalizam com corte. “Esse processo, além da personalização do produto, garante maior absorção do papel”, complementa.

Mas não é só no maquinário que houve uma reestruturação.

“Nossa experiência há mais de 20 anos ajudou a construir um processo mais rápido, demandando menos funcionários, mais especializados, garantindo alta produtividade. Limitando o número de pessoas envolvidas no processo conseguimos otimizá-lo”, detalha Rafael.

A produção própria tem um público variado. Papeis toalhas, papeis higiênicos, guardanapos e, até mesmo, lençol hospitalar são vendidos no site da Ripz. Shoppings, restaurantes e clubes estão entre os principais clientes da empresa paranaense na atualidade.

“Acontece também de uma pessoa ver a marca Ripz em um desses locais e vir até a gente para comprar para casa”, comenta Mirian. Assim, as vendas no site têm ampliado o mercado a Ripz, abrindo as portas de grandes e pequenos clientes para os produtos da empresa.

A mudança estratégica acabou sendo decisiva para a Ripz, que viu as terceirizações caírem muito durante a pandemia.

“Houve um momento de queda considerável nos atendimentos para outras empresas”, explica Rafael. Isso ajudou a intensificar a venda direta de produtos com a marca da empresa. Com o passar da pandemia, em 2023 as terceirizações foram retomadas, por procura das multinacionais. Com essas duas frentes, o faturamento da Ripz no ano passado chegou a R$ 9,5 milhões.

Agora, a terceirização não será o único atendimento da empresa familiar.

“O foco é intensificar a venda e produção de produtos Ripz”, destaca Mirian.

Entre este ano e 2025, serão abertos novos Centros de Distribuição – em Santa Catarina, São Paulo e Paraná. Linhas próprias de dispensers premium para papeis interfolhados e rolo fazem parte dos próximos lançamentos.

“Será uma linha mais elegante, que terá foco para shoppings e restaurantes, entre outros”, revela a diretora comercial.

Outra linha de dispensers dedicada ao consumo residencial também está entre as novidades. Assim, a expectativa de faturamento para 2024 sobe, ficando entre R$ 14 e R$ 17 milhões. Com a aquisição de novo maquinário para 2026, a produção aumentará 40%.

“Com isso, um novo mercado se abrirá para a Ripz, que planeja alcançar o mercado de exportação nos próximos anos”, completa Rafael.

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