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“PR pode ser líder no ecossistema de startups”, diz Ney “Green” Queiroz

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Foto: Divulgação

O Paraná é um dos estados que se destaca quando o assunto é inovação. Com iniciativas públicas e privadas que incentivam o fomento do ecossistema, o estado conta, segundo levantamento do Sebrae, com mais de 1.700 startups (em 2023; 12% a mais em relação ao ano anterior). 

Com unicórnios consolidados, como Ebanx e MadeiraMadeira, e outros por vir, o universo inovador paranaense pode ir ainda mais longe e, segundo Ney Queiroz, advisor, investidor e professor, pode chegar ao topo do ranking nacional.

Confira as percepções do profissional no Economia PR Drops a seguir:

Quais são os principais pontos fortes do ecossistema de startups no Paraná que diferenciam o estado de outras regiões do Brasil?

Ney: Acredito que um dos pontos fortes está na existência de vários polos e ecossistemas de inovação espalhados pelo estado. É claro que a capital, Curitiba, reúne um ambiente mais robusto, mas várias outras iniciativas reforçam esse posicionamento que diferencia o estado de outras regiões do país. 

Como você enxerga o crescimento e a evolução das startups no Paraná nos últimos anos?

Ney: Existe um amadurecimento claro de todo ecossistema. Tanto startups, como investidores, já conseguem se posicionar de maneira mais madura, com níveis de negócios cada vez mais altos.

Que tipo de apoio e recursos você acredita que são mais necessários para impulsionar ainda mais o empreendedorismo no estado?

Ney: Acredito numa maior integração entre as iniciativas públicas (estado e municípios) com as iniciativas privadas. E com isso, pode-se criar mais eventos e locais que deem visibilidade e proporcionem a geração de negócios.

Como você aconselharia uma startup paranaense a se preparar para expandir suas operações para outros países?

Ney: O ideal é que um negócio já possa nascer pensando em ser global. Esse é o pensamento das startups do vale do ciclo e principalmente de Israel. Já nascem para fazer negócios com o mundo. Os conselhos poderiam ser muitos, mas posso resumir: dê o primeiro passo; comece. Internacionalizar é muito mais fácil, rápido e barato do que a maioria pensa.

Na sua percepção, qual é o perfil do investidor paranaense e o que ele busca em uma startup?

Ney: Acredito que todo investidor busca, mais do que tudo, encontrar bons founders. Mais do que um excelente negócio, é importante identificar excelentes empreendedores. Assim, o negócio pode ser ajustado, aprimorado, pode pivotar e até mudar radicalmente. E o papel do investidor, especialmente do investidor-anjo, é fundamental nesse processo.

Quais são suas expectativas para o futuro do ecossistema de startups no Paraná nos próximos cinco a dez anos?

Ney: Acredito que o Paraná pode ser o estado número 1 em relação ao ecossistema de startups. Já tem uma base muito sólida para isso. Curitiba já é um destaque internacional nessa área. O grande desafio para os próximos anos é continuar crescendo e principalmente atraindo fundos de investimentos e mais capital de risco para o estado. Todo ambiente se desenvolve onde o dinheiro está.

Que conselho você daria aos novos empreendedores paranaenses que estão começando suas jornadas no mercado de inovação e startups?

Ney: Meu conselho é seguir em frente, com resiliência, e entender que o erro e a falha fazem parte do processo. Buscar inspiração em lugares como o Vale do Silício fazem toda a diferença. Aprender o modo de pensar (mindset) de empreendedores do Vale pode ser uma mudança de chave transformadora. Usar metodologias como a “Lean Startup” e não ter medo de errar, errar barato e rápido, corrigir, aprimorar e crescer. Sendo perseverante neste propósito, o sucesso é apenas questão de tempo.

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