A atividade turística acumulou alta de 4,8% de janeiro a maio no Paraná, conforme dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume nacional das atividades turísticas também registrou elevação de 1,1% no acumulado até maio. De acordo com o economista e assessor econômico da Fecomércio PR, Lucas Lautert Dezordi, o crescimento no acumulado no ano das atividades turísticas foi impulsionado, sobretudo, pelos aumentos de receita das empresas dos ramos de restaurantes, hotéis, serviços de bufê, espetáculos teatrais e musicais, transporte aéreo de passageiros e agências de viagens.
Entretanto, na variação mensal, comparando-se maio com abril, o turismo paranaense teve desempenho negativo de 2,8%, após ter registrado quatro resultados positivos consecutivos.
Na comparação com maio de 2023, enquanto o turismo no Brasil caiu 0,7%, no Paraná subiu 2,9%.
“Sobre o caso brasileiro, apesar de ter apresentado 37 taxas positivas seguidas, o desempenho negativo de maio foi pressionado, principalmente, pela queda na receita de empresas que atuam nos ramos de transporte aéreo de passageiros, rodoviário coletivo de passageiros, locação de automóveis e serviços de bufê”, avalia Dezordi.
Nos últimos 12 meses, de junho de 2023 a maio de 2024, a PMS mostra uma tendência de desaceleração da atividade turística.
“Com o fim da pandemia da Covid-19, a partir de 2022 e 2023, a retomada das atividades presenciais e viagens acelerou o turismo no Brasil e no Paraná. Esse período foi marcado pela recuperação da demanda reprimida observada nos anos de 2020 e 2021, auge da crise sanitária. Portanto, em 2024 observa-se uma desaceleração natural da atividade turística, indicando uma acomodação na demanda por serviços turísticos”, justifica Dezordi.
Apesar dessa tendência, o setor turístico contribuiu positivamente para a economia brasileira, com um aumento de 4,0%, e para a economia do Paraná, com crescimento de 7,5% no mesmo período.
“O ano de 2023 foi marcado pela retomada de eventos turísticos e atividades presenciais. Com isso, é comum o setor apresentar uma acomodação em sua taxa de crescimento, desacelerando sua atividade”, observa o economista.
Em junho, a Inflação da Cesta do Turismo, indicador elaborado pelo Departamento de Análises Econômicas da Fecomércio PR com base nos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou deflação nacional de 0,45% em junho em relação a maio.
No Paraná (com coleta de dados em Curitiba e RM), os preços dos serviços e produtos relacionados às atividades turísticas tiveram redução de 0,35% em junho. Passagens aéreas foi o subitem que registrou a maior queda, com redução de 10,09%, e puxou a inflação para baixo, seguida por Estacionamento (-3,38%) e Pacote turístico (-2,07%). As maiores altas em Curitiba e Região Metropolitana no mês de junho em comparação a maio foram observadas nos subitens Pedágio (1,93%), Hospedagem (1,84%) e Sorvete (1,55%).
No acumulado de janeiro a junho, a inflação do turismo em Curitiba e RM está negativa em 3,29%, indicando baixa de preços. Já nos últimos 12 meses, apresentou alta de 2,78%.
Conforme destaca o economista Lucas Dezordi, na comparação com o ano anterior, a inflação do turismo acumulada em 12 meses vem desacelerando no estado.
“Após uma alta significativa no preço das passagens aéreas em 2023, os preços tendem a se acomodar em 2024”, pondera.