Segundo o Relatório de Riscos Globais 2024 da Marsh McLennan, que contou com a participação de mais de 1.400 especialistas e líderes globais, o principal risco num cenário de dois anos está ligado a desinformação ou informação falsa. A segurança cibernética também foi listada entre as principais preocupações, visto que os processos estão se tornando cada vez mais digitais dentro das organizações.
Outro dado importante foi apontado pelo Relatório de Custo de uma Violação de Dados de 2022/2023, conduzido pelo Ponemon Institute e patrocinado pela IBM Security, em que o custo médio global de uma violação de dados é de US$4,45 milhões. Esse relatório ressalta que 51% das organizações planejam aumentar os investimentos em segurança por conta de uma violação que já sofreram, incluindo testes de resposta a incidentes, treinamento de funcionários e ferramentas de detecção de ameaças.
O especialista Marcos Goedert Melo, membro do Comitê de Inovação do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Paraná, explica que, nesse contexto, os CFOs (Chief Financial Officer) emergem como líderes chave, atuando como um elo vital entre as necessidades operacionais e os objetivos de segurança da empresa.
“Eles asseguram que as iniciativas de segurança cibernética não só fortaleçam a posição competitiva da empresa no mercado, mas também construam a confiança entre os stakeholders”, afirma Marcos.
O especialista ainda ressalta que além do gerenciamento financeiro, os CFOs colaboram estreitamente com as equipes de TI e segurança para promover investimentos em tecnologias, como inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina (ML). Além disso, os gestores financeiros devem se atentar à contratação de seguros cibernéticos, como forma de fortalecer as defesas contra as ameaças digitais e também como uma ferramenta de auxílio na gestão de crise em eventuais ataques.
“Os seguros atuam para gerenciar os riscos financeiros associados a potenciais violações de segurança, selecionando coberturas que ofereçam proteção adequada contra perdas financeiras e retomada da operação. Este passo, não apenas proporciona uma rede de segurança financeira, mas também destaca o comprometimento da empresa com uma gestão de risco robusta e a prontidão para responder a incidentes de segurança”, explica Melo.