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ABNT cria selo para empresas que combatem violência à mulher

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Foto: Gabriel Rosa/AEN

Com apoio do Governo do Estado, foi lançado nesta terça-feira (13), no Palácio Iguaçu, o Selo de Boas Práticas no Combate à Violência contra Mulheres. A certificação é uma iniciativa da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e do Instituto Nós Por Elas (NPE) para reconhecer empresas comprometidas com a causa da prevenção e do combate à violência contra as mulheres.

Na cerimônia, o vice-governador Darci Piana e a secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), Leandre Dal Ponte, assinaram um protocolo de intenções em que o Estado se compromete a ajudar a promover o selo entre empresas, instituições e organizações públicas do Paraná. Também foi formalizada uma parceria para que o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) apoie a ABNT na certificação das empresas solicitantes do selo.

“De nada adiantaria o Paraná ser o estado que mais cresce no País se não se comprometesse a causas como esta. Por isso estamos convocando todos os segmentos da economia paranaense, por meio das suas empresas, para que se unam nesta luta. O objetivo é, cada vez mais, diminuir os índices de violência contra as mulheres no Paraná a partir de uma união de esforços”, disse Darci Piana.

A certificação é aplicável a qualquer tipo de organização, pública ou privada, independente da sua dimensão, localização e tipo de negócio. As empresas podem ser classificadas com selos bronze, prata, ouro ou platina, dependendo da quantidade de ações adotadas para proteção da mulher contra a violência.

“Cada vez mais a gente tem incentivado as vítimas de violência a procurarem os canais de denúncia aqui no Estado. De janeiro a maio, foram mais de 90 mil boletins de ocorrência de casos de violência contra a mulher. Mas além de combater esta situação, precisamos fomentar o compromisso da sociedade como um todo na prevenção e no acolhimento deste público, por isso o Paraná sai na vanguarda ao promover este selo”, afirmou Leandre Dal Ponte.

Os critérios para adesão foram definidos pelo Instituto Nós Por Elas. Ao todo, são 14 itens que podem ser analisados pela certificadora para definir o nível de comprometimento à causa da prevenção e do combate à violência contra a mulher. A avaliação do cumprimento dos requisitos é certificada pela ABNT

Entre os critérios estão a promoção de ações educativas com os funcionários, a capacitação de colaboradores para que saibam receber e encaminhar denúncias, adoção de regras de compliance e bancos de talento específico para vítimas de violência doméstica.

“A adesão pode acontecer de maneira gradativa. A empresa pode ver, primeiro, quais são os requisitos que ela já cumpre. Depois, ver quais ela consegue desenvolver a curto prazo para, na sequência, traçar um plano para cumprir os outros requisitos a longo prazo, por isso a certificação tem diferentes níveis”, explicou a presidente do Instituto Nos Por Elas, Natalie Alves.

Com o selo, as empresas têm reconhecimento social por iniciativas focadas nas mulheres, principalmente por oferecer um bom ambiente de trabalho e por alinhar ações internas com a Agenda 2030 – ODS 5 – Igualdade de Gênero.

“As mulheres muitas vezes passam mais tempo no ambiente de trabalho do que em casa. Então o trabalho tem que ser um local onde ela possa se sentir segura para levar esse tipo de denúncia. Antigamente, se uma mulher sofria uma violência em casa e precisava faltar o trabalho, ela corria o risco de ser demitida. Hoje, a empresa pode ser um ponto focal para ajudá-la”, disse a presidente do instituto.

No Paraná, a inciativa também conta com o apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) e, já no seu lançamento, recebeu a adesão de diversas entidades de classe, como Fecomércio, Sebrae, ACP, Fetranspar, Ocepar, Faciap e Fiep, que também assinaram o protocolo de intenções para fomentar o selo no Estado.

“É fundamental que a sociedade como um todo esteja alinhada com o mesmo propósito, que é salvar mulheres. Os índices de violência contra a mulher mostram que esse é um crime que só cresce no Brasil, então isso mostra que é um problema que diz respeito a toda a sociedade, como governos, entidades e empresas”, afirmou a atriz Luiza Brunet, fundadora do Instituto Nos Por Elas.

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