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Erika Mroginski: da lavoura ao enduro

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Foto: Divulgação

Quem vê Erika Mroginski no meio das lavouras de soja e de fumo não imagina que, por trás dos olhos claros e dos cabelos cacheados, se esconde uma atleta de alto rendimento. Com apenas 22 anos, Erika é piloto off-road e já acumula uma impressionante trajetória sobre duas rodas. Neste mês, a jovem, que vive no interior de Palmeira, no Paraná, está se preparando para um dos maiores desafios de sua carreira: a estreia no Campeonato de Hard Enduro. Em agosto, a trilha de Socorro, em São Paulo, será o cenário para esse importante momento.

Para se preparar para o Hard Enduro, Erika sabe que a técnica é muito importante. “No Hard, tem que ter técnica de aceleração, de embreagem, velocidade baixa, onde é preciso parar e calcular a próxima ação”, conta.

Para entender melhor os desafios que a esperam, ela viajou até Minas Gerais, enfrentando uma longa jornada de 12 horas de ônibus até Poços de Caldas, onde participou de uma das etapas do Hard Enduro. Lá, subiu na moto e treinou intensamente.

“Eu não fazia a mínima ideia de como era. Então, fiquei meio-dia viajando para treinar. Pude ter uma noção do que é.”

Experiência é o que não falta para Erika. Sua paixão por motos começou cedo, aos seis anos, quando já se aventurava na moto de trilha do pai, ajudando nas limpezas da garagem. Aos 8 anos, já dominava a XLR 125. Aos 16, começou a competir e, em seis anos, acumulou uma impressionante coleção de medalhas e troféus.

“Eu era a única menina da família e aprendi a andar de moto com meu pai e primos. Na vida adulta, comecei no velocross e, aos 21 anos, migrei para o Enduro FIM, onde me encontrei, pois era algo que eu já fazia a vida inteira”, compartilha.

Agora, no Hard Enduro, Erika enfrentará um desafio diferente. Se o FIM exigia velocidade, o Hard requer técnica. Concentração, resistência física e decisões assertivas serão cruciais para alcançar a vitória. Além dessa competição, Erika já tem outra prova marcada na agenda, que, embora não seja tão intensa, é igualmente desafiadora.

“Em setembro, estarei representando o Brasil e as mulheres que pilotam no Latino-Americano de Enduro FIM na Costa Rica”, conta. A disputa internacional acontecerá entre os dias 6 e 8 de setembro.

Erika representa um grupo de mulheres que vem crescendo no Brasil: as que andam de moto. Dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) mostram uma evolução considerável no nicho em 10 anos. Atualmente, o Brasil conta com 9.468.705 motocicletas. Em 2014, eram 5.586.855 mulheres pilotando sobre duas rodas. Dominam na carteira A, em primeiro lugar, Rondônia, Santa Catarina e Mato Grosso.

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