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Compagas distribuirá biometano a partir de 2025 em suas redes

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Foto: Divulgação

A Compagas (Companhia Paranaense de Gás) está intensificando o seu compromisso com o desenvolvimento sustentável dos municípios paranaenses ao expandir suas iniciativas para integrar energia limpa e renovável. O objetivo é distribuir 15% de biometano através das redes de gás canalizado a partir do ano que vem.

O CEO da Compagas, Rafael Lamastra Jr., explica que a iniciativa engloba a estratégia da Companhia de transformação da sua matriz energética, favorecendo o aumento da distribuição do biometano, uma energia limpa e 100% renovável.

“Nosso objetivo está no desenvolvimento de um mercado sustentável e eficiente, com energia limpa, alinhado às metas de descarbonização”.

Para estimular o mercado de biometano e buscar fornecedores, a empresa lançou em 2023 a sua primeira chamada pública para aquisição de biometano recebendo propostas que podem ultrapassar 380 mil metros cúbicos diários de gás renovável. Em março, a segunda chamada pública resultou em 14 propostas de 10 empresas, somando um potencial diário de 320 mil m³ de biometano.

Além das chamadas para buscar supridores para o fornecimento, a empresa tem investido na expansão da sua rede e atendimento para mais regiões do Paraná e para o desenvolvimento de corredores sustentáveis com abastecimento via gás natural e biometano.

Recentemente, a empresa anunciou o investimento de R$ 505 milhões para o período 2024-2029. Dentro do investimento, R$ 100 milhões serão destinados para a construção de novos gasodutos para as cidades de Londrina e Maringá. Serão construídos ao todo quase 70 quilômetros de rede para atender os segmentos industrial, residencial, comercial e veicular na região.

“O Norte do Paraná é a primeira região que será abastecida 100% com biometano. Estamos entusiasmados por fornecer o gás canalizado sustentável para a região. Temos que aproveitar o potencial produtivo de biogás que o nosso estado oferece e posicionar o Paraná a frente de iniciativas que estimulam a descarbonização da nossa matriz energética” comentou Lamastra.

Outro grande potencial e meta da Compagas é a ampliação do Corredor Sustentável no Paraná. A Companhia vem negociando com postos de combustíveis em pontos estratégicos no Estado para fornecer gás natural e biometano para dar autonomia para os veículos, especialmente os caminhões e ônibus, transitarem nas rodovias do Paraná. A iniciativa proporciona a integração das principais rotas rodoviárias do Estado com o Porto de Paranaguá para o escoamento da produção agrícola e do transporte rodoviário de cargas, além da conexão com as regiões Sul e Sudeste.

Ao todo já são 11 postos de abastecimento com GNV (gás natural veicular) e biometano para fornecimento aos veículos leves e pesados. Ainda para este ano, há a previsão de fornecer para pelo menos mais um posto no Paraná.

“O biometano é considerado uma energia de transição no setor. O uso do combustível em frotas pesadas é responsável pela redução de 10% de custos operacionais, o que proporciona mais economia para o frotista, e diminui em 60% as emissões de material particulado e óxidos de nitrogênio (NOx) e em 95% a de dióxido de carbono (CO2)”, finalizou.

O biometano traz inúmeras vantagens para o Estado e para a sociedade. Além de ser um combustível mais limpo, ao ser distribuído por rede canalizada, reduz o número de caminhões em rodovias e áreas urbanas, auxiliando ainda com a menor emissão de gases de efeito estufa, poluentes e qualidade do ar. Além disso, a infraestrutura da rede de distribuição existente viabiliza a instalação de novas usinas, estimulando assim a economia local.

“Entretanto, para alcançarmos este objetivo e fornecer ao consumidor uma energia limpa e eficiente, há desafios a serem enfrentados como estimular a demanda de consumo em áreas no Estado onde estão concentradas as maiores áreas produtoras de biometano. Outro ponto bastante relevante diz respeito a regulação do combustível. Hoje temos o limite mínimo de consumo de biometano no Paraná de 10 mil m³/dia e precisamos trabalhar para regulamentar o acesso via mercado livre”, disse Lamastra.

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