O Paraná está entre os estados que mais geraram empregos formais no Brasil no setor de eventos de cultura e entretenimento, entre janeiro e agosto de 2024.
Isso é o que aponta o Radar Econômico, estudo realizado pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (ABRAPE) com base em dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Com 12.663 oportunidades, é superado apenas por São Paulo (42.036), Rio de Janeiro (16.768) e Minas Gerais (15.437).
O levantamento abrange o hub do segmento, que envolve 52 atividades econômicas diretamente impactadas pelo segmento, como operadores turísticos, bares e restaurantes, segurança privada e hospedagem.
“Quando os profissionais trabalham sob contratos formais, não apenas garantem seus direitos e benefícios, como também contribuem para a saúde econômica do setor como um todo. Além disso, os índices revelam como temos capacidade de reagir rapidamente às políticas públicas implementadas e os investimentos que são feitos no segmento”, aponta o empresário Doreni Caramori Júnior, presidente da ABRAPE.
No panorama geral do Brasil, 25 das 27 unidades da federação apresentaram saldo positivo de empregos no período analisado. Apenas Rio Grande do Sul (- 1294) e Bahia (-2.909) registraram saldo negativo.
Quando se leva em consideração o core business do setor, das 27 unidades da Federação, 26 registraram saldo positivo. As principais geradoras de emprego no setor para o período foram São Paulo (7.905), Rio de Janeiro (3.219) e Minas Gerais (3.078). Apenas o Pará apresentou saldo negativo (-57).
Envolvendo as áreas de organização de eventos, exceto culturais e esportivos; atividades artísticas, criativas e de espetáculos; atividades ligadas ao patrimônio cultural e ambiental; atividades de recreação e lazer; e produção e promoção de eventos esportivos, o core business do segmento apresentou, até agosto, um crescimento médio de 51,5% no índice de estoque de empregos formais (total de vagas disponíveis em um mercado de trabalho) em relação a 2019, período anterior à pandemia do covid-19, em todo o país. Com isso, ocupa o primeiro lugar da lista, superando construção (39,8%) e agropecuária (22,7%).
Merece destaque, ainda, o fato de que o hub do setor e serviços, que envolvem atividades impactadas pelo core business, apresentaram, respectivamente, crescimento médio de 22,2% e 19,1%.
A estimativa de consumo no setor, entre janeiro e agosto, chegou a R$ 85,9 bilhões, resultado 7,6% superior ao mesmo período de 2023 (R$79,8 bilhões). Em agosto, o índice chegou a R$10,85 bilhões. Foi o melhor resultado para o período desde que a série histórica deste indicador iniciou em 2019.
O levantamento leva em consideração o peso atribuído mensalmente pelo item Recreação do Índice de Preços no Consumidor (IPCA) e a massa de rendimento real mensal dos trabalhadores aferidos pela PNAD/M (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE.