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Como a IA pode direcionar a gestão de ativos para a maximização de ganhos

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Foto: Divulgação

Por Cassio Zeni, co-fundador e diretor de relações com investidores da Rubik Capital.

É fato que a revolução digital, impulsionada pela inteligência artificial (IA) e outras tecnologias emergentes, está redefinindo vários setores do mercado.

O universo de gestão de ativos e fundos de investimento é um dos maiores exemplos disso, especialmente por se tratar de uma área onde a tomada de decisões é central para as suas engrenagens rodarem.

Para esclarecer como o segmento vem sendo beneficiado por essas novas ferramentas tecnológicas, é importante estabelecer um ponto de partida: a capacidade desses recursos de automatizar processos e analisar grandes volumes de dados em tempo real.

No primeiro tópico, isso acontece com a tecnologia liberando os gestores das tarefas operacionais do dia a dia.

Com esse desafogo, os especialistas podem se concentrar em atividades de maior valor agregado, como a própria interação com os clientes e o desenvolvimento de novas estratégias de investimento.

No segundo, a vantagem parte da ação dos algoritmos avançados da IA, que ajudam a qualificar um volume imenso de informações.

Assim, os gestores podem usar sua expertise para realizar análises preditivas e garantir uma maior margem de segurança em suas teses, amparadas pela alta visibilidade de padrões e tendências dos ciclos econômicos.

Ou seja, a tomada de decisões desses especialistas fica mais assertiva em um período curto de tempo. Isso é fundamental em um mercado em que cada investidor demanda uma abordagem individualizada, que atenda às suas necessidades específicas e ao seu perfil de risco único.

Os portfólios de investimentos dessas pessoas só podem ser resilientes e rentáveis se forem construídos de forma personificada, alinhada aos seus objetivos e não limitados a análises superficiais.

Esse é o caminho que a aliança entre profissionais qualificados e tecnologias inovadoras pode proporcionar.

A reação do mercado à chegada de novas tecnologias

No segmento de gestão de ativos propriamente dito, a maior parte das empresas que incorporam a IA e ferramentas de automação em seus sistemas são focadas em B2B. No entanto, já é possível identificar um movimento de expansão.

As organizações estão buscando cada vez mais construir plataformas que unem dados, informações de diversos relatórios, números de balanços e outros pontos que demandariam muito tempo para os especialistas da área compilarem manualmente.

Com essas tecnologias, eles podem cumprir essa tarefa e realizar uma análise precisa de forma rápida, refletindo na melhora da experiência do cliente.

Aliás, o próprio andamento das questões regulatórias ressalta e comprova essa tendência, visto que os órgãos responsáveis têm procurado criar um ambiente favorável à inovação.

Basta olharmos para o lançamento do guia inédito para orientação do uso da IA, feito pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), em julho.

E a evolução continua…

É claro que a interação entre humanos e máquinas como um todo ainda também tem um longo caminho para se desenvolver, não apenas na gestão de ativos.

Essa troca precisa mais do nunca ser muito bem ordenada, com os times tendo um domínio dos prompts e um alto nível de conhecimento para conduzir uma boa análise.

A partir desse encontro entre inteligência e eficiência, os benefícios da evolução tecnológica realmente virão à tona.

A clássica expressão “tempo é dinheiro” funciona como o encaixe perfeito dessa analogia, afinal, é a otimização das rotinas dos profissionais que reforçará os efeitos das suas competências em investimentos bem-sucedidos.

Quanto antes as empresas e os investidores perceberem essa necessidade, melhor e mais fácil será a adaptação a um cenário que já se tornou realidade. Acredite: a IA e as tecnologias emergentes não são mais meios para garantir a competitividade em um mercado disputado, mas, sim, os recursos indispensáveis para sobreviver nele.

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