O mercado imobiliário brasileiro apresentou um expressivo aumento de 7,73% nos preços de imóveis residenciais em 2024, conforme aponta o Índice FipeZAP. Esse foi o maior avanço anual registrado desde 2013, superando a inflação acumulada no ano, estimada em 4,64%. A alta real, descontada a inflação, foi de 3,09%.
Entre as 56 cidades analisadas pelo índice, Curitiba se destacou como a capital com o maior aumento de preços, alcançando uma valorização de 18% no ano. Essa variação colocou a cidade no topo do ranking, à frente de Salvador (16,38%), João Pessoa (15,54%) e Aracaju (13,79%).
O preço médio do metro quadrado na capital paranaense foi de R$ 10.703 – um valor superior à média nacional, que ficou em R$ 9.366/m². Para imóveis de 50 metros quadrados, o custo médio em Curitiba foi de aproximadamente R$ 535 mil.
O desempenho positivo do mercado imobiliário reflete o crescimento econômico brasileiro em 2024, impulsionado por um mercado de trabalho aquecido e a menor taxa de desemprego da série histórica, de 6,1%. Além disso, o Produto Interno Bruto (PIB) superou as expectativas, com crescimento estimado em 3,5% no ano.
Nas 22 capitais monitoradas pelo FipeZAP, Vitória (ES) apresentou o maior preço médio por metro quadrado, de R$ 12.287, seguida por Florianópolis (R$ 11.766) e São Paulo (R$ 11.374). Curitiba ocupa a quarta posição no ranking.
Por outro lado, as capitais com menor custo por metro quadrado foram Aracaju (R$ 5.163), Natal (R$ 5.613) e Teresina (R$ 5.628).
A valorização acentuada em Curitiba reflete uma combinação de fatores, incluindo a crescente demanda por imóveis na região e a expansão da infraestrutura urbana.
Com o preço médio por metro quadrado acima da média nacional, a cidade se consolida como um dos polos imobiliários mais atrativos do Brasil, ao mesmo tempo em que apresenta desafios para quem busca adquirir a casa própria.
O cenário sugere um mercado aquecido em 2025, com expectativa de que o desempenho econômico e a procura por imóveis continuem impulsionando os preços na capital paranaense.