Já vou iniciar o texto respondendo à pergunta, sem mais delongas, e torcendo para que você leia até o final para entender o meu raciocínio. Entre focar recursos e energia na geração de conteúdo orgânico ou em mídia paga, qual escolher? E a resposta é: ambos.
Existe uma disputa no meio do marketing digital – infundada, na minha opinião – entre criadores de conteúdo e gestores de tráfego, cada qual tentando puxar a sardinha para o seu próprio lado e dizendo que a sua estratégia é melhor ou mais eficiente que a outra.
Mas o fato é que, embora muitos profissionais queiram dizer o contrário, elas não são mutuamente excludentes, e sim complementares.A mídia paga se mostra a cada dia mais eficiente, por alcançar o público-alvo pretendido com altíssima precisão.
As ferramentas de anúncios digitais permitem a segmentação detalhada do cliente que se quer atingir: por idade, localização geográfica, sexo, religião, formação, estado civil, posicionamento político, entre muitos outros aspectos.
Por isso, uma campanha de marketing bem feita e direcionada para o público certo tem grande probabilidade de capturar leads bastante qualificados e ajudar a empresa a alavancar suas vendas.Porém, engajamento e fidelização da clientela não se fazem só com propaganda.
Pelo contrário, o público já está saturado de tanta panfletagem, e as melhores publis são aquelas sem cara de publi. As melhores campanhas são aquelas que conseguem conversar com as pessoas, que sabem tocar as emoções dos consumidores.
E para produzir um conteúdo como este é preciso pensar, antes de mais nada, em como construir essa conexão com os seguidores e clientes. Por isso, os conteúdos orgânicos são tão importantes. São eles que, como o próprio nome já diz, darão vida ao perfil.
Enquanto o tráfego pago vai trazer novas pessoas, o conteúdo orgânico constante, coerente e coeso é o que vai mantê-las ali. É aquele conteúdo despretensioso, fluido, natural, que prende a atenção da audiência.
É o conteúdo que faz o seu seguidor (e cliente) se identificar com a sua marca através dos seus valores, das suas histórias, dos pontos em que ele tem em comum com você. Um produto pode ser só um produto, ou pode ser exatamente a solução que o seu cliente precisa naquele exato momento.
E é na criação de conteúdo que você vai contar a ele, de maneira envolvente, em que contexto aquele produto se encaixa na vida dele.
A partir do momento em que ele conseguir se visualizar utilizando o seu produto ou serviço, quando aquilo se tornar palpável e subitamente indispensável, é que ele vai decidir comprar de você – e, torçamos, continuar comprando.
Portanto, uma estratégia digital eficiente engloba muitas frentes. E aqui eu citei de maneira bastante resumida apenas duas delas. Não existe bala de prata ou pó de pirlimpimpim quando falamos de marketing digital, ou de comunicação em sentido amplo.
Existe muito estudo, imersão no universo do cliente, análise das métricas, muito planejamento e, se possível, um tanto de experiência também.