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Inflação desacelera em Curitiba e região no primeiro mês de 2025

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Foto: Alex Potemkin de Getty Images Signature/Canva

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE, registrou inflação de 0,16% no Brasil em janeiro, mas em Curitiba e Região Metropolitana (RMC) houve deflação de 0,09% no período.

O economista e assessor econômico da Fecomércio PR, Lucas Dezordi, esclarece que a recente depreciação cambial na economia brasileira vem contribuindo para a aceleração inflacionária no Brasil e em Curitiba e Região Metropolitana, influenciando principalmente a dinâmica dos preços de alimentos.

Em 12 meses, o IPCA geral acumulou inflação de 4,56% na economia brasileira, mantendo-se acima da meta de inflação, que era de 4,50%.

“Observaremos, portanto, uma inflação oficial acima do limite de 4,50% em 2025. Com os reajustes dos preços dos combustíveis, preços administrados e educação, a inflação de fevereiro será elevada em cerca de 1% no mês”, comenta Dezordi.

Em Curitiba e RMC, a inflação acumulada em 12 meses foi de 3,94%, resultado abaixo da meta nacional.

Entre os itens que mais tiveram aumento de preço na capital paranaense e região metropolitana no primeiro mês de 2025, destacam-se o pepino (+38,30%), passagens aéreas (+18,70%), cenoura (+17,20%), café moído (+9,80%), repolho (+9,00%), filé mignon (+4,90%) e costela e capa de filé (+4,40%).

Segundo Dezordi, a alta nos preços das carnes já havia sido prevista em relatórios anteriores, devido aos impactos das queimadas sobre os pastos e à valorização do dólar.

Por outro lado, os produtos que registraram as maiores quedas foram a batata-inglesa (-16,50%) e energia elétrica residencial (-16,40%).

O economista destaca que a queda registrada no preço da energia elétrica residencial é decorrente da incorporação do bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês de janeiro.

“Essa queda é pontual e não vai se repetir nos próximos meses, mas trouxe um alívio na fatura de energia de janeiro, mês em que os consumidores possuem muitos compromissos financeiros a cumprir, como IPVA, IPTU, material escolar e despesas feitas nas férias e fim de ano”, observa.

Outros itens que apresentaram redução nos preços em janeiro foram cebola (-11,70%), banana-d’água (-7,70%), ônibus urbano (-5,50%) e tomate (-4,60%). Dezordi ressalta que a redução nos preços de tubérculos, raízes e legumes foi favorecida por melhores condições climáticas no início do ano.

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