O Carnaval está longe de ser só um espetáculo espontâneo de adereços e de alegria.
É o resultado de longos meses de planejamento, estudo, ensaios e uma dedicação coletiva com “muita mão na massa” para levar o melhor ao sambódromo, quando falamos das escolas de samba do Rio de Janeiro e São Paulo (e está tudo bem se você não concorda, não gosta ou acha a festividade desnecessária – não é este o ponto aqui).
Fato é que, por mais distante que você queira estar dos tradicionais desfiles do sudoeste do país, fica difícil não notar o trabalho realizado para a confecção das fantasias, a montagem dos carros alegóricos, o preparo das equipes, dentre tantos outros detalhes.
E qual a relação disso com o universo empresarial? Quando falamos do trabalho coletivo, para que uma equipe alcance boas performances, não basta improvisar, seguir sem planejamento ou contar somente com os talentos individuais (que podem se sentir sobrecarregados inclusive. Mas esta é pauta para outra coluna!) – é preciso engajamento e entrosamento deste time para fazer os processos fluírem.
E como é difícil ver esta sinergia dentro das organizações. Independente do segmento de atuação, escolhe-se bem o colaborador na contratação, mas depois, dentro da cultura organizacional (quando ela existe) não se dá vazão aos projetos com o comprometimento necessário da equipe, com a vontade de fazer o melhor pelo grupo e pela empresa. E por quê?
Um dos importantes indicadores deste segmento, o relatório do Great Place to Work, trouxe os maiores desafios das organizações em 2024 e as tendências para 2025.
33% dos entrevistados elencaram a comunicação interna como a principal dificuldade do ano passado, e este mesmo tópico está entre os três mais cobiçados para melhoria, para 2025, ao lado de desenvolvimento de liderança e saúde mental.
Mas afinal, como melhorar a comunicação interna dentro de uma empresa?
E antes que você pense que é responsabilidade só do setor de comunicação, sinto informar, mas vai muito além. A comunicação interna envolve inúmeros fatores:
– como é a entrada deste colaborador na empresa – se tem um processo estruturado ou não, se há acolhida e orientação necessária para as primeiras semanas;
– se existe uma cultura organizacional estabelecida, como ela é aplicada e sentida pelos colaboradores;
– como é a comunicação dos líderes com o time, assim como, os alinhamentos com a liderança e entre os setores;
– se há transparência nos processos internos, se existem normativas internas, se são seguidas ou não;
– a disseminação de informações de forma clara e acessível a todos os públicos da empresa;
A lista não se esgota aqui.
A construção e a gestão de uma empresa, com um time com entregas qualificadas é o desejo de qualquer empreendedor/empresário.
Sem o trabalho em equipe bem desenvolvido os desafios se tornam maiores. E o cuidado com este time deve ser uma constante, pois, uma empresa se faz com pessoas e processos, e sem estes colaboradores bem preparados e bem cuidados, fica difícil desfilar todos os anos.