O Paraná é um ótimo lugar para se investir — e, acima de tudo, seguro para negócios.
Foi com esse espírito que a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) e a Invest Paraná apresentaram os potenciais econômicos do Estado na reunião com a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Paraná (AHK Paraná), realizada na manhã desta terça-feira (18).
O principal objetivo do evento foi estreitar as relações e firmar novas parcerias entre o Estado e as companhias alemãs.
Para isso, o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, apresentou um panorama do cenário econômico, destacando os efeitos da boa gestão fiscal e como isso torna o Paraná um destino interessante para essas marcas.
“O PIB paranaense cresceu 8,9% entre 2019 e 2023, resultado superior ao crescimento brasileiro no período”, aponta Ortigara.
“Isso significa que, ano após ano, tem um pouquinho mais de Paraná no Brasil, o que fortalece e potencializa nossa economia”.
Atualmente, o Estado é considerado a quarta maior economia do País, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
E é esse crescimento do potencial econômico ao longo dos últimos anos que, de acordo com o secretário, torna o Paraná um destino tão interessante para empresas do mundo todo.
Parte disso, como explica Ortigara, está na gestão fiscal que o Governo do Estado adotou ao longo dos últimos anos, o que permitiu a realização de investimentos recordes e que se traduzem em eficiência.
Segundo o secretário, o Paraná fez a lição de casa e adotou uma política fiscal que permitiu ao Estado se reinventar — e hoje colhe os frutos disso, se apresentando ao Brasil e ao mundo com uma maior capacidade de atuar onde é necessário.
“Nunca investimos tanto quanto em 2024 e, para 2025, temos capacidade de dobrar esse valor, podendo aplicar R$ 12 bilhões se houver capacidade de execução”, diz.
“Seguramos os gastos correntes e colocamos a casa em ordem para fazer esse tipo de investimento pesado”.
E um dos pontos de destaque desses investimentos recordes que o Paraná vem acumulando ao longo dos anos vai ao encontro dessa forma de atrair investimento estrangeiro — eficiência em logística.
“Estamos investindo em infraestrutura — em rodovias, estradas rurais, ferrovias e acesso ao porto — justamente para facilitar o escoamento de toda a nossa produção”, explica Ortigara.
“Quanto mais eficiente for a nossa logística, maior a chance de melhorar a renda líquida de quem produz. É uma relação em que todos saem ganhando”.
Atualmente, a Alemanha é o 5º principal parceiro comercial do Paraná.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), 6,6% de tudo o que é exportado para o país europeu sai do Paraná – ao passo que o Estado importa 7% de tudo o que os germânicos vendem.
E o encontro desta terça-feira serviu justamente para aprofundar ainda mais essa relação, visando ampliar esses números.
Para isso, o diretor-presidente a Invest Paraná, Eduardo Bekin, e o diretor de Relações Internacionais e Institucionais do órgão, Giancarlo Rocco, apresentaram alguns dos programas para atrair novos investimentos para o Estado, como o Paraná Competitivo e o Rota do Progresso.
Segundo Bekin, o Paraná está em um momento em que o interesse está mais em se desenvolver do que apenas crescer.
“São coisas diferentes e é essa mudança de foco que tem atraído cada vez mais empresas para cá”, diz.
E, como ele apresenta, o interesse está justamente em firmar essas parcerias para transformar o Estado em um polo de pesquisa e desenvolvimento (P&D).
“A gente quer ser exportador não só de material do agronegócio, mas também de tecnologia. E o Paraná tem vocação para isso”, afirma.
“As indústrias que quiserem vir para o Paraná e aplicar em P&D, o Estado é parceiro”.
Um dos programas mais efetivos na atração de novos investimentos, o Paraná Competitivo teve bastante destaque na reunião com a Câmara de Comércio Brasil-Alemanha.
Coordenador da iniciativa, Francisco Inocêncio destacou como ela se tornou uma peça fundamental nesse processo de desenvolvimento do Estado, fazendo a ligação entre o governo e o setor produtivo, atraindo novas empresas e fomentando investimentos privados que impulsionam o crescimento e a geração de empregos.
“O Paraná Competitivo é ferramenta essencial para manter a competitividade do estado no cenário nacional e internacional”, explica Inocêncio.
“A força do programa reside não apenas na oferta de benefícios tributários, mas também na sua capacidade de promover um diálogo aberto e transparente com o setor privado, construindo uma relação de confiança e parceria que facilita a atração de novos empreendimentos e a expansão dos já existentes”.
Fundada em 1972, a AHK Paraná integra uma rede global de mais de 150 câmaras em 93 países, promovendo o desenvolvimento profissional e o networking entre seus associados.
Considerada uma das cinco melhores e mais completas câmaras bilaterais do Brasil, a AHK Paraná congrega empresas de capital ou know-how alemão e companhias brasileiras com interesses na Alemanha, impulsionando o crescimento econômico e empresarial no estado.
