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Cuidados ao dirigir na chuva: segurança para carros e caminhões na estrada

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Foto: Johnnyscriv de Getty Images Signature/Canva

A semana começou com clima quente e instável no Paraná. Durante a tarde, as temperaturas se elevam e cresce a chance de chuva, incluindo a possibilidade de temporais em determinadas regiões. Em todo o estado, segue em vigor um alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para chuvas intensas.

Dirigir sob chuva é um desafio que exige atenção redobrada, especialmente em estradas onde as condições meteorológicas aumentam os riscos de acidentes. Para motoristas de carros e caminhões, adotar práticas seguras é fundamental para garantir uma viagem tranquila e sem imprevistos. 

Luiz Fernandes, especialista em logística e diretor operacional da GCF Transportes, compartilha orientações valiosas para ajudar os condutores a enfrentarem essas situações com mais segurança. Ele afirma que em pistas molhadas, a prudência deve ser prioridade, começando antes mesmo de sair de casa.

Verificar pneus, freios e limpadores de para-brisa é essencial, pois pneus carecas ou freios desgastados podem se tornar extremamente perigosos nessas condições.

A redução da velocidade é uma das principais medidas a serem tomadas ao dirigir sob chuva. Segundo Luiz, a aderência dos pneus diminui significativamente em pistas molhadas, e a distância de frenagem aumenta.

“O ideal é reduzir a velocidade e manter os faróis acesos para melhorar a visibilidade e sinalizar sua presença para outros veículos”, explica Fernandes.

Além disso, ultrapassagens devem ser feitas com extrema cautela. Em dias chuvosos, é recomendável evitar ultrapassar caminhões quando eles estiverem gerando spray d’água, pois isso compromete a visibilidade e a capacidade de reação do motorista.

“Quando um caminhão projeta água para os lados, o motorista de um carro pode perder completamente a visão da estrada por alguns segundos, o que é muito perigoso”, alerta o diretor.

Outro fator importante é como o motorista lida com freadas e curvas. Frenagens bruscas devem ser evitadas, pois podem fazer o veículo derrapar. Além disso, não é recomendável usar o cruise control (piloto automático) em pistas molhadas, porque isso pode dificultar o controle do carro em situações inesperadas. 

“Ficar atento às poças d’água também é fundamental, já que elas podem causar aquaplanagem, situação em que os pneus perdem contato com o asfalto, tornando o veículo incontrolável”, acrescenta o diretor.

Uma dica importante é conferir a previsão do tempo para programar trajetos e horários da viagem. O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) fornece a previsão do tempo para os 399 municípios paranaenses com duas atualizações diárias

Para cada cidade é possível verificar a previsão do quanto deve chover, as temperaturas mínimas e máximas e a umidade relativa do ar e vento, com detalhamento por hora para a data e o dia seguinte. Assim dá para saber se vai chover mais de manhã ou à tarde, por exemplo.

O site também fornece dados da previsão do tempo para os próximos quinze dias, mas, como as atualizações ocorrem duas vezes por dia, a previsão sempre será mais precisa quando estiver mais próximo da data que o motorista precisar consultar. 

Além de indicar o que está previsto, o site do Simepar também mostra o que foi constatado. Logo na página inicial, no canto superior direito, basta clicar em “Acesse as nossas estações”. A cada 15 minutos há atualizações do que foi constatado nas estações meteorológicas do Simepar espalhadas por todo o Paraná.

São dados como temperatura, sensação térmica, umidade relativa, precipitação, velocidade e direção do vento e rajadas de vento que os motoristas podem saber que efetivamente ocorreram, para programar a possibilidade de desvios no trajeto ou pausas, caso haja necessidade. 

Com relação especificamente à chuva, a interpretação dos números que estão no site pode ser feita com base em uma tabela do Simepar. Se, em um período de 6 horas, chover menos de 0,2 mm, a chuva sequer é considerada.

Entre 0,3 mm e 2,5 mm é considerada como chuvisco. Se torna uma chuva fraca quando o acumulado em 6h é entre 2,5 mm e 10 mm. A partir daí até 25 mm, a chuva é moderada. Dos 25 mm aos 50 mm é considerada chuva forte e acima dos 50 mm é considerada chuva extrema.

É importante lembrar que o período em que a precipitação é registrada é extremamente relevante para avaliar a força da chuva.

Os dez milímetros que são considerados chuva fraca na tabela, que considera um acumulado de chuva em seis horas, podem ser avaliados como uma chuva forte se caírem em apenas dez minutos. No verão, principalmente, os temporais isolados e rápidos são muito comuns. 

Com relação ao vento, outra tabela ajuda na compreensão dos dados que estão no site do Simepar: é calmaria quando o vento está em até 10 km/h. É fraco até 21km/h. Fraco a moderado até 28km/h. Moderado até 43 km/h. Moderado a forte até 50km/h. Forte até 90 km/h, e extremo se passar de 90km/h.

O impacto do volume de chuvas e dos ventos pode ser grande nas estradas, principalmente em áreas de serra.

“Algumas variáveis interferem no impacto desta chuva, como por exemplo a topografia da região e a infraestrutura das cidades. Áreas montanhosas, quando recebem grande acumulado de chuvas, por conta da inclinação podem sofrer com enxurradas e cabeças d’água”, explica o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib.

De acordo com a Defesa Civil Estadual, o alto volume de chuvas pode trazer riscos de alagamentos e deslizamentos.

“Um grande volume de chuvas em uma área extremamente urbanizada dificulta o escoamento da água, que é a dificuldade de drenagem urbana. Além disso, chuvas continuadas, por exemplo, começam a degradar o solo, e quando essa região recebe uma pancada de chuva forte, desencadeia eventos de deslizamento”, explica o capitão Anderson Gomes, chefe do Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cegerd).

O Cegerd recebe as informações meteorológicas do Simepar e avalia os riscos de enxurradas, alagamentos, inundações e deslizamentos, para emitir alertas para a população.

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