Por Marcio Viana, CEO da Prime Control
2025 promete avanços que vão redefinir o jogo. Dados de diversas fontes indicam que o investimento em tecnologia será ainda mais estratégico, impulsionando eficiência operacional, segurança e sustentabilidade.
Além disso, com a crescente complexidade dos sistemas tecnológicos, os testes de software precisarão acompanhar essa evolução.
O conceito de “shift left”, onde os testes começam mais cedo no ciclo de desenvolvimento, e “shift right”, onde o monitoramento e a validação continuam após a implantação, serão fundamentais para garantir qualidade e segurança contínuas.
Vamos explorar as principais tendências de inovação e tecnologia para 2025:
- Agentes de IA: suporte, decisão e execução
Se 2024 foi o ano dos chatbots de IA, 2025 é o momento dos Agentes. Relatórios da Gartner indicam que até 2028, 33% dos softwares empresariais vão incluir Agentes de IA, fazendo com que 15% de todas as decisões diárias sejam tomadas de forma autônoma.
Os agentes de IA vão alavancar a produtividade e permitir que os C-level se concentrem no estratégico.
Com isso, a Qualidade de Software (Quality Assurance) se torna essencial para garantir a confiabilidade e segurança desses agentes. Testes rigorosos, incluindo automação e monitoramento contínuo, serão críticos para evitar vieses e falhas que comprometam decisões empresariais.
- Green IT: a sustentabilidade como pilar da tecnologia
A IA exige vasto consumo energético, tornando essencial a adoção de soluções sustentáveis. Data centers verdes e soluções de resfriamento eficientes serão prioridades.
Os datacenters de IA devem representar entre 3% e 4% do consumo da energia global até 2030, segundo o Goldman Sachs. Esse número pode parecer pequeno no contexto total, mas tem um impacto relevante na capacidade local de fornecimento de energia.
Ou seja, a expansão da IA não é só uma questão de inovação, mas também de infraestrutura.
E o debate regulatório já começou. Recomendações internacionais, como a do Conselho da OCDE, deixam claro: a pegada ambiental da IA precisa ser considerada entre os princípios de uma IA responsável. Isso deve influenciar diretamente as regulamentações em diversos países.
O ponto aqui é simples: empresas que investem em IA precisam equilibrar inovação com eficiência energética. O futuro exige tecnologia de alto impacto, mas com responsabilidade.
Com essa transição, testes de performance e monitoramento de consumo serão cruciais para equilibrar alta performance e sustentabilidade.
- Cybersecurity: proteção como diferencial competitivo
A expansão digital aumenta também a demanda por práticas e ferramentas de cibersegurança. Alguns estudos indicam que os ataques de ransomware crescem 20% ao ano. Isso sem contar a ampliação de APIs e integrações com sistemas terceiros.
A adoção de arquiteturas Zero Trust e IA aplicada à detecção de ameaças são caminhos inadiáveis.
Aqui, a Qualidade de Software assume papel fundamental. Testes de segurança, como pentests automatizados e análises de vulnerabilidades, deverão ser cada vez mais sofisticados e integrados ao ciclo de desenvolvimento para garantir resiliência contra ameaças emergentes.
- Cloud Computing: o motor da escalabilidade
Empresas estão migrando para soluções multicloud, combinando flexibilidade e segurança. Segundo a Gartner, em 2025 mais de 85% das empresas utilizarão a nuvem como principal infraestrutura de tecnologia. As soluções multicloud vão possibilitar mais avanços para a IA, automação e análise preditiva.
Nesse contexto, os testes em ambientes de cloud precisarão garantir escalabilidade e segurança. Testes de carga e resiliência serão fundamentais para prever gargalos e evitar downtime em aplicações críticas.
- Automação User-Friendly: NoCode e LowCode em ascensão
A adoção de plataformas no-code e low-code vai democratizar a inovação. A Gartner projeta que 70% das novas soluções empresariais serão desenvolvidas com pouco ou nenhum código até 2025. Isso significa que não é preciso ser desenvolvedor para criar automações e otimizar processos.
Entretanto, a necessidade de testes de qualidade se amplia, pois plataformas simplificadas podem esconder complexidades que levam a falhas. Testes automatizados serão essenciais para garantir que aplicações criadas sem código mantenham segurança e eficiência.
- Qualidade de Software: Shift Left e Shift Right como novos padrões
A crescente complexidade dos sistemas tecnológicos exige uma nova abordagem para a qualidade de software. Aplicações envolvem cada vez mais inteligência artificial, multicloud e machine learning.
Por isso, a qualidade do software precisa ser testada cada vez mais cedo e deve prosseguir mesmo quando os sistemas já estão em uso.
O movimento de “shift left” propõe justamente antecipar os testes para as fases iniciais do desenvolvimento, enquanto “shift right” foca no monitoramento contínuo após a implantação.
Essas estratégias são cada vez mais essenciais para reduzir falhas críticas e melhorar a experiência do usuário. A automação dos testes e o uso de inteligência artificial para detectar problemas antes que impactem os clientes serão diferenciais competitivos.
O desafio de 2025 será integrar inovação com eficiência e segurança, mantendo a sustentabilidade no centro. Líderes que abraçarem essas tendências estarão prontos para um crescimento exponencial.