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Indústria paranaense aposta na economia circular para reduzir impacto e gerar valor

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Foto: Umnat Seebuaphan de Getty Images/Canva

Na indústria contemporânea, a lógica de “produzir, consumir e descartar” começa a ceder espaço para um modelo que combina inovação, competitividade e responsabilidade socioambiental: a economia circular.

No Brasil, esse movimento já ganhou tração — 85% das indústrias brasileiras aplicam ações circulares, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Na vanguarda desse processo, os Institutos Senai de Tecnologia e Inovação do Paraná vêm desenvolvendo soluções capazes de transformar resíduos industriais em insumos de alto valor agregado, promovendo um ciclo virtuoso de negócios sustentáveis.

Ao manter produtos, materiais e recursos em uso pelo maior tempo possível, a economia circular propõe ciclos contínuos de reutilização, reparo, renovação e reciclagem.

Para a indústria, os benefícios são concretos: redução de custos com matérias-primas, cumprimento de legislações ambientais, criação de novas receitas e fortalecimento da imagem institucional — tudo isso alinhado aos critérios ESG, cada vez mais valorizados no mercado.

O Instituto Senai de Tecnologia em Meio Ambiente e Química tem sido protagonista na criação de soluções circulares no estado. Um exemplo expressivo é a conversão de lodo de estações de tratamento de efluentes em fertilizantes.

Desenvolvido em parceria com o Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica, o projeto permite transformar um passivo ambiental em insumo para a agricultura, fortalecendo a sinergia entre setores e reduzindo a pressão sobre recursos naturais.

Outra frente de atuação é a recuperação de nutrientes presentes em efluentes industriais. A tecnologia permite captar esses elementos e transformá-los em insumos agrícolas, reduzindo a dependência de fertilizantes convencionais.

Já na área de energia, a produção de biocarvão a partir de caroços de azeitonas evidencia o potencial dos resíduos agroindustriais como fontes de energia limpa e renovável.

Completando esse portfólio inovador, o Instituto desenvolveu, em conjunto com o Instituto Senai de Tecnologia em Construção Civil, tecnologias para a produção de fertilizante e gesso ecológico a partir de ácido sulfúrico reciclado.

A iniciativa demonstra como o reaproveitamento de subprodutos e a articulação entre setores podem viabilizar negócios sustentáveis e reduzir significativamente os impactos ambientais da indústria.

Os dados da CNI reforçam o apetite da indústria nacional por essa agenda: 42% das empresas já desenvolvem produtos com potencial de recuperação, 40% investem em design mais durável e 26% praticam logística reversa.

Esses esforços se somam ao potencial de a economia circular reduzir até 39% das emissões globais de gases poluentes até 2032, segundo estudos internacionais.

Ao oferecer soluções tecnológicas que transformam desafios ambientais em oportunidades econômicas, o Senai Paraná consolida seu papel como parceiro estratégico da indústria na construção de um futuro mais sustentável, competitivo e inovador.

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