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Empresa ajuda startups a percorrerem jornada empresarial

presidente assespro economiapr
Foto: Divulgação

Empreender no Brasil é quase um traço cultural. De acordo com a edição mais recente do Monitor Global de Empreendedorismo (GEM 2024), realizada pelo Sebrae em parceria com a Anegepe, nada menos que 47 milhões de brasileiros estão envolvidos com algum tipo de negócio.

É muita gente tentando transformar uma boa ideia em fonte de renda e, quem sabe, em inovação de verdade.

Mas a realidade é mais dura do que os discursos otimistas. Por trás de cada CNPJ cancelado, há uma ideia brilhante que não vingou.

O caminho até o sucesso é instável, principalmente para quem aposta em modelos mais ousados, como as startups.

Apesar de já somarem mais de 12 mil empresas no país, segundo dados da plataforma Cortex Intelligence em parceria com a Endeavor, 966 startups encerraram as atividades só em 2023, conforme levantamento da plataforma de gestão de patrimônio Carta.

O que acontece nesse meio do caminho? Foi ao observar esse problema recorrente do alto risco de mortalidade precoce de negócios inovadores que nasceu a Kepha, uma venture builder fundada no Sudoeste do Paraná.

Com uma trajetória de dez anos e atuação nacional e internacional, a empresa tem ajudado empreendedores a atravessar os momentos mais críticos da jornada empresarial, principalmente nos primeiros anos.

Segundo o Sebrae, cerca de 29% das empresas brasileiras fecham antes de completar cinco anos. No caso das startups, a taxa de mortalidade pode ser ainda mais alta, especialmente nos primeiros dois anos, por conta do alto risco e da natureza experimental do negócio.

Essa fase inicial é quando a maioria das empresas enfrenta maiores riscos e vulnerabilidades, por motivos como: falta de capital de giro ou fluxo de caixa insuficiente; modelo de negócio mal testado ou inadequado ao mercado; inexperiência dos fundadores em gestão e finanças; dificuldade em alcançar clientes ou gerar receita sustentável; e, por fim, problemas de equipe ou desalinhamento entre sócios.

A escolha do nome não é à toa: “Kepha” vem de “Cefas”, que significa pedra ou rocha, símbolo da estabilidade que a empresa busca oferecer.

“Nosso intuito é ancorar o desenvolvimento de negócios inovadores. Assim como uma rocha proporciona base e firmeza, queremos capacitar empreendedores a transformar ideias em realidades duradouras”, explica Marcos Nonemacher, fundador da Kepha.

A empresa atua desde a concepção do negócio até a reestruturação de empresas em crise ou com novos projetos no horizonte. Oferece engenharia de software, consultoria estratégica, estruturação de captação de recursos e conexões com parceiros estratégicos para acelerar o crescimento.

Uma das frentes mais procuradas da Kepha é o Clube Kepha Bora Captar, uma iniciativa voltada a decifrar editais públicos de fomento, especialmente os voltados para startups.

Marcos resume o desafio: “Um dos gargalos mais comuns é a falta de dinheiro. E, quando surgem oportunidades, como editais, muitos empreendedores não sabem como participar ou nem sabem que têm direito”.

A empresa é, inclusive, uma das poucas credenciadas no Paraná pela Fundação Araucária como aceleradora oficial de editais. Um exemplo é o Tecnova 3, que está com inscrições abertas até 3 de junho e oferece até R$ 700 mil por projeto, com recursos não reembolsáveis para até 60 empresas paranaenses.

“Ao longo dos nossos dez anos, já conseguimos captar mais de R$ 3,5 milhões em editais aprovados para nossos clientes”, destaca o fundador.

O trabalho da Kepha se alinha com o de entidades como a Assespro-PR, que atua no fomento ao ecossistema de inovação no estado. Para Adriano Krzyuy, presidente da entidade, a alta taxa de mortalidade das startups não pode ser tratada como um dado inevitável.

“A Kepha vem dando esse suporte, especialmente no que diz respeito ao nascimento das empresas, um momento tão especial quanto delicado. Nós, como entidade, atuamos em parceria, no sentido de dar um impulso à mentalidade empreendedora e inovadora dos empresários do setor e proporcionar competitividade com segurança”, afirma Adriano.

Segundo ele, a falência de startups é um fenômeno conhecido, mas que pode e deve ser enfrentado com estratégias bem aplicadas:

“A Kepha preenche uma lacuna importante, trazendo ao empresário orientações sobre financiamentos, estudo de mercado e soluções para problemas de gestão”.

Com mais de 50 startups aceleradas e R$ 50 milhões movimentados em operações de M&A, a Kepha mantém parcerias com gigantes como Amazon, Microsoft, Sebrae e o Separtec (Sistema Estadual de Ambientes Promotores de Inovação do Paraná).

Além de atuar diretamente no desenvolvimento de startups, a empresa também colabora com corporates em busca de inovação e novos modelos de negócio. A ideia é criar um ecossistema sólido, que ajude a prevenir fracassos e valorize trajetórias sustentáveis.

“Em um país onde milhões sonham em empreender, talvez o verdadeiro diferencial esteja em ter, desde o início, alguém que ajude a construir a ponte entre a ideia e o mercado, com estrutura, conexão e conhecimento. E é exatamente isso que a Kepha vem fazendo, pedra por pedra”, conclui.

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