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Iniciativa inovadora utiliza plástico reciclado em big bags no PR

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Foto: Divulgação

A ICL está trazendo ao mercado uma iniciativa inovadora voltada para a reutilização de plástico de garrafas PET na produção de big bags, envolvendo o trabalho de comunidades de catadores que receberão um incremento de renda e benefícios sociais.

O programa visa beneficiar tanto o meio ambiente quanto comunidades de coleta em Curitiba e Região Metropolitana, no Paraná, promovendo a economia circular e incentivando a reciclagem responsável em parceria com a Plastic Bank, fintech social que fortalece comunidades de catadores, combatendo a pobreza e a poluição plástica, e a Packem, responsável pelo processamento do material, através de sua recicladora Packem Ween, localizada em Curitiba.

O projeto consiste na coleta e beneficiamento de garrafas PET por membros da comunidade em pontos credenciados à Plastic Bank. Esse material, depois de recolhido, é processado pela Packem e transformado em Plástico Social® (produto final da Plastic Bank), que será utilizado na fabricação de 468.100 big bags para a ICL, evitando que aproximadamente 830.500 quilos de resíduos plásticos – o equivalente a mais de 65 milhões de garrafas PET – cheguem a canais, rios, oceanos e aterros.

“Este projeto representa um avanço significativo na missão da ICL de integrar práticas sustentáveis em suas operações e em seus produtos. Estamos comprometidos em reduzir o impacto ambiental, apoiar projetos sociais e fomentar uma economia circular que beneficie toda a sociedade”, informa Márcio Lopes, gerente corporativo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da ICL na América do Sul.

O contrato inicial da ICL com os parceiros tem duração até dezembro de 2027. Até o momento, 19 pontos de coleta foram cadastrados, distribuídos em municípios paranaenses como Curitiba, São José dos Pinhais, Lapa, Contenda e Campo Magro.

Dentro da capital paranaense, os bairros participantes incluem Parolin, Alto Boqueirão, Pantanal, Cidade Industrial de Curitiba, São Miguel, Cajuru e Uberaba. Nestes locais, cerca de 300 catadores associados poderão entregar as garrafas PET´s recolhidas para receber as bonificações digitais, promovendo renda extra e inclusão social.

Curitiba foi escolhida para dar início ao projeto devido à presença estratégica da planta recicladora da Packem na cidade, facilitando a logística e o processamento eficiente dos materiais recicláveis. Além disso, a capital paranaense é reconhecida mundialmente por suas práticas sustentáveis e políticas de gestão de resíduos, tornando-se um ambiente ideal para o desenvolvimento e ampliação de iniciativas desse porte.

Outro fator essencial para a escolha da cidade é a necessidade de proteger os recursos hídricos locais. Curitiba e sua Região Metropolitana possuem diversos rios e canais que transportam resíduos plásticos para outras áreas, incluindo o litoral paranaense.

Rios como o Iguaçu, Belém e Atuba são frequentemente impactados pelo descarte inadequado de resíduos. Com o fortalecimento da reciclagem, espera-se reduzir significativamente esse problema, ajudando na preservação ambiental e na qualidade da água da região.

“O projeto servirá como modelo para novas ideias sustentáveis e será apoiado por nossos clientes que ao comprarem um produto da ICL estarão levando mais que um produto, estarão apoiando um pacote de ações sustentáveis integradas, se tornando nossos parceiros também nessas ações. A expectativa da ICL é ampliar projetos desse tipo e virar referência no setor industrial , fortalecendo sua atuação sustentável. Além disso, o projeto atenderá a vários ODS’s – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”, destaca Lopes.

A iniciativa conta com a parceria da Plastic Bank e da Packem, ambas com papeis estratégicos no programa. A Plastic Bank estrutura a rede de coleta com tecnologia em blockchain, que permite monitorar em tempo real toda a cadeia de reciclagem — da entrega ao beneficiamento.

O PlasticBank app garante a rastreabilidade e viabiliza a geração de renda. Os catadores cadastrados recebem bonificação por quilo de plástico entregue, aumentando a renda mensal em até 30%. Todo material coletado é transformado em Plástico Social, para ser utilizado na produção das big bags.

“Nosso papel é garantir que os catadores tenham acesso a condições dignas e seguras de trabalho, e que a reciclagem seja vista não apenas como uma prática ambiental, mas como uma verdadeira ferramenta de inclusão e transformação social. Essa parceria reforça nosso compromisso em construir uma cadeia de reciclagem mais justa e transparente”, declara o diretor de operações da Plastic Bank no Brasil, Ricardo Araújo.

Já a Packem, empresa encarregada da produção dos big bags, reforça seu compromisso com a sustentabilidade ao transformar plástico reciclado em embalagens de alta qualidade, originando a matéria-prima a ser empregada na fabricação dessas embalagens, produzidas em sua fábrica de Aurora (SC).

O processo de fabricação envolve a limpeza, processamento e transformação do plástico reciclado em matéria-prima, que é então moldada para a produção de big bags resistentes e duráveis.

“O grande desafio é garantir que o plástico reciclado mantenha as propriedades necessárias para um produto durável e resistente. Nosso trabalho busca unir inovação e responsabilidade ambiental”, afirma o CFO da Packem, Marcos Spitzner.

A utilização do Plástico Social® reduz significativamente a necessidade de plástico virgem, minimizando a pegada ambiental da produção. Com essa iniciativa, a ICL evita a fabricação de mais de 830 toneladas de plástico novo, promovendo uma alternativa sustentável para o setor industrial.

Além da redução de resíduos plásticos no meio ambiente, o projeto tem impacto direto na economia circular, gerando novas oportunidades para os catadores e proporcionando um modelo de negócios mais sustentável.

A Plastic Bank garante que os pontos de coleta credenciados sigam normas rigorosas de compliance, oferecendo condições dignas de trabalho, evitando trabalho infantil e combatendo a exploração na cadeia produtiva da reciclagem.

A ICL reconhece que apenas reciclar não basta. A redução do consumo de plástico descartável e o uso responsável dos recursos são fundamentais para um futuro mais sustentável.

Contudo, a empresa reforça que no momento a reciclagem ainda é a melhor alternativa para garantir que materiais já produzidos sejam reaproveitados, reduzindo seu impacto ambiental no solo, rios e mares.

“Acreditamos que o plástico em si não é o problema, mas sim a forma como ele é utilizado e descartado. Nosso objetivo é incentivar práticas responsáveis e sustentáveis, promovendo a circularidade dos materiais”, afirma Lopes.

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