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Porto Rico: onde o turismo náutico impulsiona a economia local

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Foto: Divulgação

Não tem mar, mas quem precisa dele quando se tem o rio Paraná com águas cristalinas, rasas e tão calmas que parecem criar piscinas naturais? Porto Rico, no noroeste do Paraná, é uma cidade de menos de 10 mil habitantes que decidiu viver do rio e para o rio.

A 150 km de Cianorte, o município virou queridinho de turistas vindos do interior de São Paulo, de Mato Grosso do Sul e de todas as bandas do próprio Paraná.

O motivo? Um combo irresistível: natureza exuberante, barcos para todos os gostos e bolsos, gastronomia à beira d’água e condomínios de alto padrão que brotam à beira-rio como prova de que o turismo local não é moda passageira, é tendência.

É nesse ambiente que Porto Rico conquistou um título curioso: a segunda maior frota náutica do estado. Sim, uma cidadezinha sem litoral virou potência quando o assunto é barco.

Diego Urbanski, dono da Yza Náutica e parceiro da fabricante Fluvimar desde 2019, vive isso de perto.

“A demanda e o acesso às embarcações só aumentam, graças à qualidade e variedade dos barcos da Fluvimar”, diz, referindo-se à marca que vai de embarcações de pesca a luxuosos pontoons.

“Aqui, cerca de 80 a 90% dos moradores usam barco no dia a dia. É mais comum ter embarcação do que carro”.

Segundo dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2022, o município já tem mais embarcações registradas que veículos e habitantes. Com uma frota náutica estimada em 3,5 mil embarcações, 3.182 moradores e 2.193 automóveis.

E não é exagero. Com marinas bem equipadas, rampas públicas e estrutura para eventos flutuantes, Porto Rico se transformou num polo onde o lazer encontra o investimento.

Para Jorge Oliveira, fundador da Fluvimar, é um movimento sem volta.

“A demanda por embarcações de lazer e turismo de alto padrão cresce junto com a cidade. Nossos barcos se tornaram parte dessa experiência única que Porto Rico oferece aos visitantes”. 

Mas a transformação vai além da água. Desivaldo Gois dos Santos, da Desivaldo Imóveis, acompanha de perto o impacto do boom náutico no mercado imobiliário local.

“Hoje temos condomínios de alto padrão sendo construídos por investidores de Maringá, Umuarama, Cianorte, Paranavaí. São pessoas que vêm para passar o fim de semana e acabam ficando. Isso movimenta o comércio, os restaurantes, os negócios ligados ao turismo.”

E o futuro? Para ele, é questão de tempo até o rótulo virar oficial.

“Porto Rico caminha para ser a Capital do Turismo no Paraná. Não apenas pela natureza, mas pela estrutura que está sendo criada: condomínios sofisticados, gastronomia de primeira, hospitalidade e experiências náuticas de tirar o fôlego.”

No cardápio turístico da cidade, não faltam opções. Dá para passar o dia em um flutuante, saboreando peixe fresco com os pés na água, ou agendar um passeio de lancha ao pôr do sol, daqueles dignos de cartão-postal. Em cada curva do rio, uma paisagem nova. Em cada embarcação, uma história contada à deriva.

Porto Rico prova que não é preciso ter mar para ser destino de verão. Basta ter um rio generoso, uma comunidade que entende o valor do turismo e empreendedores dispostos a transformar belezas naturais em desenvolvimento sustentável.

Como resume Jorge Oliveira: “Porto Rico é a prova viva de que o turismo náutico pode mudar o rumo de uma cidade e colocar o interior do Paraná no mapa dos destinos mais encantadores do Brasil.”

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