A transição para uma economia de baixo carbono tem colocado o hidrogênio renovável no centro das estratégias de descarbonização.
Produzido a partir da eletrólise da água com energia de fontes renováveis, o hidrogênio verde se destaca por não emitir gases de efeito estufa e por sua versatilidade de uso nos setores industrial, de transporte e de geração de energia.
Com uma matriz elétrica majoritariamente renovável, o Brasil se posiciona como um dos países com maior potencial de produção de hidrogênio verde no mundo — estimado entre 1,8 e 2 bilhões de toneladas por ano.
O governo federal já mapeou cerca de US$ 30 bilhões em projetos voltados ao hidrogênio de baixo carbono, com estratégias voltadas à exportação, à criação de hubs regionais e à implantação de plantas-piloto operacionais em 2025.
Nesse contexto, o Paraná desponta com uma abordagem inovadora: o uso do biogás gerado a partir da biomassa agropecuária como fonte energética para a produção de hidrogênio renovável.
Cerca de 70% do território estadual é considerado apto para a produção de biogás, o que representa um potencial técnico de mais de 2 milhões de metros cúbicos por dia.
Com políticas públicas específicas, linhas de crédito, desoneração tributária e incentivo à pesquisa e inovação, o estado aposta na integração de cadeias sustentáveis e na capacitação de profissionais especializados.
A demanda por especialistas cresce na mesma proporção do setor. Hoje, mais de 60 projetos de hidrogênio verde estão em andamento no país, como o Complexo do Pecém, no Ceará, que deve gerar 2.500 empregos diretos em sua primeira fase.
A aprovação da Lei nº 14.948/2024 — marco legal do hidrogênio de baixa emissão — reforça ainda mais essa tendência, ao estabelecer diretrizes para produção, certificação, exportação e qualificação de mão de obra especializada.
Atento a esse cenário, o UniSenai PR oferece a pós-graduação em Hidrogênio Renovável, voltada para engenheiros, tecnólogos e gestores.
O curso contempla temas como tecnologias de produção e armazenamento, certificações nacionais e internacionais, inovação e integração energética, alinhando teoria e prática às demandas do mercado e às exigências da nova legislação.
Com essa iniciativa, a instituição reforça seu papel como agente de transformação e formação de profissionais prontos para liderar o setor de energia limpa no Brasil.
A qualificação técnica torna-se um vetor estratégico para garantir que o país assuma protagonismo na transição energética global e o Paraná está preparado para liderar esse movimento.
