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Especialista aponta 5 razões para apostar na proteína de micélio

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Foto: Marcelo Ribeiro

Com previsão de crescimento de US$ 15,7 bilhões para US$ 25,2 bilhões entre 2024 e 2029, o mercado global de novas proteínas avança em ritmo acelerado, segundo a MarketsandMarkets.

O movimento, acelerado pela demanda por sustentabilidade, eficiência e inovação na alimentação vem abrindo espaço para fontes alternativas como a proteína de micélio, cultivada em biorreatores, com baixo impacto ambiental e escalabilidade. 

No Brasil, a Typcal, primeira foodtech da América Latina a trabalhar com fermentação de micélios, já investe na solução para transformar resíduos industriais em alimentos de alto valor nutricional.

“É preciso acelerar a transição para um sistema alimentar mais resiliente, capaz de atender à demanda global sem agredir o meio ambiente. Por isso, queremos oferecer produtos que não sejam apenas nutritivos e saborosos, mas que também tenham um impacto ambiental significativamente menor. Ao transformar resíduos da indústria de alimentos, utilizando biotecnologia, em proteína de alto valor nutricional, mostramos que é possível unir inovação, produtividade e sustentabilidade. Essa é a chave para um futuro alimentar eficiente, com retorno econômico sustentável para toda a cadeia”, aponta Paulo Ibri, CEO da Typcal.

Diante desse cenário, o executivo listou cinco razões pelas quais a proteína de micélio é uma aliada para um futuro mais sustentável:

1. Eficiência produtiva 

Com a tecnologia da Typcal é possível gerar até 7.000 vezes mais proteína por metro quadrado do que a soja, uma das principais fontes de proteínas vegetais do mundo. Essa eficiência permite produzir mais com menos espaço e em menor tempo.

“O alto rendimento por metro quadrado permite escalar a produção com menos recursos e infraestrutura, tornando o modelo mais viável para atender a demanda global por proteínas”, explica Ibri.

2. Redução de emissões e uso de recursos naturais

Diferentemente da pecuária e da agricultura convencional, o cultivo do micélio não depende de grandes extensões de terra, volumes elevados de água ou insumos agrícolas intensivos.

O processo produtivo emite 98% menos CO2 e reduz a pegada hídrica em 99,8% quando comparado à carne bovina. Em relação à soja, apresenta 94% menos emissões de gases de efeito estufa e 96% menos consumo de água.

“Isso representa um avanço importante na mitigação dos impactos ambientais da produção de alimentos. Ao evitar o uso intensivo de recursos naturais, a biotecnologia contribui diretamente para o cumprimento de metas climáticas globais”, explica o executivo. 

3. Mais resiliência produtiva e estabilidade no abastecimento

Por ser produzida em ambientes controlados, a proteína de micélio não depende das condições climáticas ou das estações do ano. Essa independência torna o processo altamente resiliente a desafios como secas, degradação do solo e eventos climáticos extremos.

“O cultivo é realizado de forma totalmente indoor, em biorreatores controlados, o que permite um fornecimento contínuo, previsível e com menor exposição a riscos externos”, destaca o CEO.

4. Uso de resíduos como matéria-prima

A produção de proteína de micélio pode ser feita a partir de resíduos industriais, como subprodutos da própria indústria de alimentos, promovendo uma abordagem alinhada à bioeconomia circular.

“A meta é elevar a eficiência e a sustentabilidade de toda a cadeia alimentar, promovendo um ciclo produtivo mais circular e consciente”.

5. Inovação alimentar na indústria 

Graças à sua versatilidade e sabor neutro, a Neutra Pro, ingrediente da Typcal à base de proteína de micélio,  pode ser incorporado em diversas categorias de alimentos, como carnes, snacks, pães e massas. Isso permite à indústria reformular produtos com menor impacto ambiental, mantendo sabor, textura e apelo ao consumidor.

“A biotecnologia é uma aliada estratégica para marcas que desejam atender à crescente demanda por produtos sustentáveis e inovadores, sem perder a competitividade do mercado”, reforça Paulo Ibri.

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