No primeiro quadrimestre de 2025, o varejo paranaense apresentou crescimento de 2,4% no volume de vendas, superando a média nacional de 2,1%, conforme dados da Casa Civil e do Governo do Paraná.
Entre janeiro e maio, o comércio varejista ampliado do estado avançou 3%, enquanto a média nacional ficou em 1,1%. No mesmo período, a receita nominal do setor no Paraná teve alta de 7,5%, desempenho que confirma a trajetória acima da média brasileira.
Apesar da consolidação do comércio eletrônico, o consumo presencial permanece expressivo: 57% dos consumidores brasileiros ainda preferem realizar compras em lojas físicas, de acordo com pesquisa da Fecomércio.
Esse comportamento indica que, mesmo diante da digitalização das vendas, a experiência física continua sendo um fator decisivo no processo de consumo.
Neste contexto, profissionais que atuam diretamente no ponto de venda ganham protagonismo. A presença de representantes comerciais nas lojas tem contribuído para estabelecer conexões mais próximas com lojistas, promovendo soluções adaptadas à realidade de cada negócio.
A observação prática e o conhecimento sobre o comportamento do consumidor no local da venda têm possibilitado a identificação de tendências e necessidades que impactam diretamente nos resultados do varejo.
“Representantes comerciais são o diferencial humano no ponto de venda”, afirma Paulo Nauiack, diretor-presidente do Conselho Regional dos Representantes Comerciais do Paraná (CORE‑PR).
“Em segmentos como móveis e eletrodomésticos, que cresceram mais de 10% no Paraná em 2025, o representante que alia consultoria e proximidade ao varejista se torna peça chave para manter o ritmo,” complementa.
A atuação de quem está no ponto de venda exige mais do que presença: é preciso gerar valor real para o lojista e para o consumidor final. Abaixo, o CORE‑PR destaca cinco práticas que têm se mostrado eficazes para fortalecer a experiência de compra no varejo físico.
Consultoria personalizada ao varejista:
Análise do sortimento com base no comportamento de consumo local, contribuindo para um mix de produtos mais eficiente.
Feedback em tempo real ao varejo:
Observações diretas sobre vendas e preferências do consumidor, permitindo ajustes rápidos em estoque, exposição e abordagem.
Treinamento on-the-job com a equipe da loja:
Acompanhamento técnico durante visitas ao ponto de venda, com troca de boas práticas e orientação de campo.
Integração smart‑PDV com suportes digitais:
Utilização de tablets, vídeos e simuladores para qualificar a apresentação de produtos e enriquecer a experiência de compra.
Promoções conjuntas e ações humanizadas:
Campanhas desenvolvidas em parceria com o lojista, focadas em empatia, proximidade e fidelização do consumidor.
Diante de um consumidor mais exigente e de um mercado influenciado pelas dinâmicas do e-commerce, o varejo físico encontra no contato humano uma via prática de adaptação.
A atuação no ponto de venda, quando guiada por escuta ativa e leitura de mercado, torna-se diferencial competitivo. Mais que intermediários de venda, profissionais preparados e atentos às demandas locais se consolidam como parceiros estratégicos no dia a dia do varejo.