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76% dos ecossistemas de inovação do PR já superaram o estágio inicial

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Foto: Divulgação

O Paraná segue apresentando avanços na área de inovação. O Sebrae/PR realizou um levantamento junto aos Ecossistemas Locais de Inovação (ELI) em todo Estado, o qual apontou um estágio de maturação e os setores da economia priorizados por estes ambientes. Segundo os dados apurados, 76% dos ecossistemas paranaenses já superaram o estágio inicial.

A metodologia ELI consiste no desenvolvimento de ambientes locais ou regionais que concentrem atividades relacionadas à área de inovação.

Em cada um, atores como empresas, centros de pesquisa, startups, instituições públicas, universidades e lideranças locais interagem e compartilham recursos e oportunidades de negócios, impulsionando o desenvolvimento econômico em diversas regiões.

Dos 42 ecossistemas presentes no Paraná, 43% se encontram em estágio de estruturação, 21% em fase de desenvolvimento e 2% já alcançaram o nível de consolidação. O levantamento ainda aponta que 33% dos ELI estão em fase inicial de maturação.

No período desde 2017, quando a metodologia ELI foi implementada pelo Sebrae/PR, os ecossistemas com melhor desempenho foram os de Curitiba, Pato Branco, Foz do Iguaçu, Londrina e Maringá.

Alan Debus, coordenador de Inovação do Sebrae/PR, ressalta que o objetivo é que, entre os ecossistemas que estão em fase inicial, 80% consigam amadurecer para o estágio de estruturação até 2030.

“O desenvolvimento de um ecossistema de inovação envolve a participação de diferentes setores e uma série de ações que são de médio a longo prazo, então resultados ainda melhores virão no futuro. Por isso, é importante que eles proporcionem uma jornada sólida para negócios inovadores nas suas cidades, evitando possíveis gargalos”, afirma Debus.

O levantamento também apontou os setores mais priorizados pelos ELI. Entre os principais, estão o Agronegócio (19%), Tecnologia da Informação (18%), Eletrometalmecânico (15%), Saúde e Bem-estar (10%), Alimentos e Bebidas (9%) e Químico e Materiais (8%).

Para Debus, o cenário mostra como os ecossistemas estão alinhadas com o cenário econômico do Paraná.

“O que essa priorização nos mostra é que os ecossistemas seguem a tendência de estar presentes em setores nos quais o Paraná é naturalmente mais competitivo economicamente. Isso se traduz em um maior potencial para a inovação entre as empresas, assim como impulsiona projetos de pesquisa nas universidades e traz maiores oportunidades para políticas públicas nos municípios”, pontua o coordenador.

Com a metodologia ELI, diversas cidades do Estado passaram a enxergar seus territórios pelo olhar da inovação. Uma delas é Guarapuava, cujo ecossistema está em fase de desenvolvimento.

Antônio Szczepanik Júnior, diretor de inovação da Associação Comercial e Empresarial da cidade, explica que, desde a implementação, os atores do grupo passaram a pensar Guarapuava a longo prazo.

Uma das medidas foi a criação da Conferência Guarapuava, em 2021, para projetar de maneira mais estratégica, o futuro do município.

“Desde 2017, passamos por etapas importantes, como a aquisição de conhecimentos sobre o conceito de ecossistema, modelos viáveis de governança e ambientes promotores de inovação, o que amadureceu a nossa visão sobre o futuro da cidade. A Conferência Guarapuava 2035 se tornou um marco nesse sentido, pois ela representa o espírito empreendedor da cidade e o fortalecimento de estruturas que nos fazem projetar, por exemplo, a criação de um polo tecnológico na região”, comenta Antônio Szczepanik Júnior.

O ecossistema de Curitiba é um dos que já atingiram o estágio de consolidação. Maura Sugai Guérios, gestora do EcoHub Universidade Positivo, um dos ambientes de inovação que compõem o conjunto de atores, ressalta a força dos cerca de 200 ambientes e 50 instituições de ensino e pesquisa que o formam.

Para ela, os resultados positivos são parte de uma meta mais ambiciosa para o cenário de inovação da capital.

“Um dos primeiros movimentos do ecossistema foi o de entender quantos ambientes tínhamos, quem eram esses atores e quais os setores eles atendiam. A partir daí, foi possível pensar em um plano de ações e uma dinâmica de escuta ativa que, entre outros fatores, possibilitou a Curitiba chegar à consolidação. No longo prazo, queremos que a cidade seja reconhecida como o melhor ecossistema do Brasil, pela quantidade e qualidade dos atores que promovem inovação por aqui”, reforça Maura.

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