O Paraná segue em destaque na liberação de recursos do Plano Safra 2025/2026, com forte atuação das cooperativas de crédito e dos principais bancos do país. Em Cascavel, já houve a garantia dos financiamentos do BNDES, Pronaf e Pronamp na primeira etapa de liberações.
O cenário sinaliza um ciclo de maior disponibilidade de crédito, tanto para custeio e comercialização, quanto para investimentos em modernização e infraestrutura no campo.
Os números reforçam o protagonismo das cooperativas e bancos no estado: o Sicredi projeta liberar R$ 68 bilhões em todo o Brasil, sendo R$ 22 bilhões destinados a produtores do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, após encerrar o ciclo anterior com R$ 43,3 bilhões liberados.
O Sicoob deve movimentar R$ 60 bilhões no novo Plano Safra, sendo R$ 10 bilhões apenas em cooperativas que operam no Paraná. Já a Cresol, sediada no estado, fechou o período 2024/2025 com R$ 13 bilhões e projeta alcançar R$ 15 bilhões neste novo ciclo. Em paralelo, o Banco do Brasil anunciou R$ 230 bilhões em crédito rural, consolidando sua liderança nacional.
Para Luiz Almeida, diretor de operações da EEmovel Agro, a força das cooperativas tem papel decisivo nesse processo.
“O Plano Safra ganha robustez no Paraná porque as cooperativas não atuam apenas como repassadoras de recursos, mas sim como parceiras estratégicas dos produtores, viabilizando crédito em momentos cruciais e ajudando na organização financeira das propriedades”, afirma o executivo.
A tendência de expansão também aparece nos programas específicos para cada perfil de produtor, com destaque para o aumento dos limites do Pronaf e do Pronamp e para linhas de investimento prioritárias como PCA, Proirriga, Inovagro e RenovAgro.
Para Almeida, esse conjunto de iniciativas traz segurança ao agronegócio local.
“Mesmo diante de suspensões pontuais em algumas linhas, o produtor paranaense encontra hoje um cenário de crédito fortalecido, que permite investir com mais confiança em tecnologia, armazenagem e irrigação, preparando o campo para um ciclo de produtividade mais sustentável e competitivo”, conclui.
