A atividade turística paranaense registrou crescimento de 2,0% em julho na comparação na comparação com junho deste ano, conforme dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR).
O desempenho ficou acima da média nacional, que apresentou queda de 0,7% no volume de vendas no mesmo período.
Na comparação com julho de 2024, o turismo paranaense avançou 6,6%, acima da média brasileira, de 3,3%. O resultado foi impulsionado, principalmente, pelas receitas de empresas de transporte aéreo de passageiros, serviços de bufê e reservas ligadas à hospedagem.
De acordo com o assessor econômico da Fecomércio PR, Lucas Dezordi, os números confirmam a consolidação do Paraná como destino turístico em diferentes épocas do ano.
“O Estado conta com atrativos importantes nas férias escolares, como Foz do Iguaçu e os Campos Gerais, e ao mesmo tempo vem se fortalecendo como destino de inverno. Essa diversidade garante movimento contínuo e amplia a competitividade do setor”, avalia.
No acumulado em 12 meses, o agregado especial das atividades turísticas teve expansão de 6,2% no Brasil frente igual período do ano anterior. No Paraná, o crescimento foi ainda maior, de 7,4%, o que coloca o estado na 8ª posição nacional, ao lado do Rio Grande do Norte.
Para Dezordi, o desempenho reflete um setor de serviços em expansão, apoiado pela diversidade de atrativos e pelo fortalecimento da infraestrutura.
“O crescimento da atividade turística indica um setor de serviços forte, com baixa taxa de desemprego e aumento da renda, além de ser resultado dos investimentos em infraestrutura turística no estado”, destaca.
Inflação do turismo no Paraná em julho
O avanço da demanda também se refletiu nos preços.
Em julho de 2025, Curitiba e Região Metropolitana registraram inflação de 2,25% nos serviços e produtos relacionados ao turismo. Esse movimento, porém, foi pontual e já apresentou acomodação em agosto, quando o IPCA do turismo local recuou 0,05%, em contraste com a média nacional, que ainda permaneceu positiva, em 0,43% no mesmo período.
No Paraná, os itens com maior aumento de preços em julho foram passagens aéreas, com alta de 21,52%, seguidas por pedágio (+2,32%), hospedagem (+1,98%), lanche (+1,55%) e cinema, teatro e concertos (+1,14%).
Em agosto, destacaram-se as altas em hospedagem (+1,44%) e pedágio (+0,77%), porém, foram registradas quedas em pacotes turísticos (-0,17%) e em cinema, teatro e concertos (-1,01%).
No acumulado de janeiro a agosto de 2025, a inflação do turismo em Curitiba e Região Metropolitana chegou a 2,92%, abaixo da média nacional, de 3,91%. Em 12 meses, a variação de preços foi de 6,60% na capital paranaense, também inferior ao índice brasileiro, que alcançou 8,22%.
Segundo o assessor econômico da Fecomércio PR, os números refletem a acomodação do setor após o movimento de alta temporada.
“O pico de julho foi um efeito típico da concentração de demanda nas férias escolares e no turismo de inverno. A deflação observada em agosto indica que o setor voltou a um patamar mais estável, mantendo a inflação do turismo em Curitiba abaixo da média nacional”, analisa Dezordi.