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Centro de Inovação de Maringá impulsiona startups e projetos tecnológicos no PR

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Foto: Divulgação

Maringá tem se consolidado como um polo regional estratégico no mapa da inovação brasileira. Em 2025, a cidade ocupa a 760ª posição no ranking global do StartupBlink e aparece como o 4º melhor ecossistema do Paraná, segundo o Sebrae/PR.

O município se destaca pela maturação acima da fase inicial e pela forte integração entre empresas, startups e universidades, com avanços expressivos em setores como agronegócio, tecnologia da informação, saúde e alimentos.

Esse crescimento coloca Maringá entre os ecossistemas mais promissores do estado, ao lado de Curitiba e Londrina, mas com características próprias: governança estruturada, articulação constante entre academia, poder público e setor produtivo e uma agenda crescente de eventos que reforçam sua visibilidade nacional.

No centro desse movimento está o Centro de Inovação de Maringá (CIM), criado em 2012 como instituição sem fins lucrativos voltada a coordenar e fortalecer o ecossistema local.

O CIM tem atuado como elo estratégico para aproximar ciência e mercado, apoiar empreendedores em diferentes estágios de desenvolvimento e impulsionar iniciativas como a plataforma Maringá Conecta, prevista para ser lançada oficialmente em outubro de 2025.

Para detalhar os avanços recentes e os próximos passos da cidade no cenário da inovação, o Economia PR Drops conversou com Jefferson Luiz Ramos da Silva, gestor executivo do CIM, que compartilhou sua visão sobre os desafios e as oportunidades do ecossistema maringaense. Leia na íntegra:

Qual é a missão atual do Centro de Inovação de Maringá e como ela tem evoluído nos últimos anos?

Jefferson: O Centro de Inovação de Maringá (CIM) tem como missão contribuir com o desenvolvimento do ecossistema de inovação local e potencializar o desenvolvimento econômico sustentável por meio da inovação, conectando universidades, empresas, setor público e sociedade civil. Ao longo dos últimos anos, evoluímos de iniciativas pontuais para uma atuação estratégica e estruturante: articulamos os diferentes ambientes de inovação, iniciamos a conversão da comunicação por meio do portal e redes sociais do Bioma de inovação de Maringá, estruturamos a primeira versão da Jornada do Empreendedor, organizamos o calendário único de inovação da cidade e acompanhamos indicadores que posicionam Maringá como um dos ecossistemas mais fortes do Brasil em cidades de médio porte.

Quais os principais desafios enfrentados pelo CIM para fomentar o ecossistema de inovação na região?

Jefferson: Entre os desafios, temos:

Garantir maior sinergia entre os ambientes de inovação, evitando sobreposição de esforços;

Transformar pesquisa em soluções de mercado, aproximando ciência e negócios;

Fortalecer o financiamento contínuo de projetos de inovação;

Ampliar a maturidade do ecossistema, gerando impacto direto no desenvolvimento econômico da região.

Manter indicadores de fontes primárias atualizadas para análise dos resultados

Como o CIM articula a colaboração entre o setor público, universidades e o mercado local?

Jefferson: O CIM atua como um elo de articulação da tríplice hélice. Possui 3 cadeiras ativas no Conselho de Ciência , tecnologia e Inovação de Maringá onde pensamos em políticas públicas de inovação; com o Sebrae, promovemos capacitações, programas e caravanas de empreendedores; com a Universidade Estadual de Maringá (UEM) e outras instituições, articulamos projetos em propriedade intelectual, pesquisa aplicada e editais de fomento além de engajar todos os atores no maior evento de inovação da cidade, que é o Inovaweek Maringá; com os ambientes de inovação planejamos ações em conjunto para desenvolvimento de novas ideias de negócios. Essa articulação garante que as iniciativas tenham impacto prático e relevância regional.

De que maneira o CIM contribui para o fortalecimento do ecossistema empreendedor paranaense, em comparação a outras regiões do estado?

Jefferson: Maringá se diferencia pela integração e pela governança estruturada do seu ecossistema de inovação. O CIM foi protagonista na construção da Jornada do Empreendedor e na aproximação dos diferentes ambientes de inovação da cidade. Essa articulação facilita a organização das ações, gera parcerias mais efetivas e otimiza resultados, evitando sobreposições e garantindo melhor aproveitamento de recursos e energia. Poucos ecossistemas contam com uma instituição privada , sem fins lucrativos, cuja missão principal é fortalecer e articular o ecossistema local de inovação. No caso do CIM, todas as iniciativas são pensadas de forma alinhada a esse propósito maior, o que assegura coesão estratégica e impacto real no avanço da inovação em Maringá.

Quais são os fatores que tornam Maringá um polo inovador atraente para investidores e empreendedores?

Jefferson: Ambientes consolidados de inovação, como incubadoras, aceleradoras, hubs e parques tecnológicos;

Governança forte e colaborativa, que integra setor público, privado e academia;

Empresas de destaque nacional e internacional, que fortalecem a competitividade do ecossistema;

Instituições de ensino superior de excelência, públicas e privadas, que incentivam ciência, pesquisa aplicada e extensão, gerando conhecimento e formando talentos;

Laboratórios e infraestrutura de ponta voltados a áreas estratégicas;

Vocação em setores diversificados, como TIC, agronegócio, saúde, metalmecânico e construção civil;

Alta qualidade de vida, fator que atrai e retém profissionais qualificados, além de estimular novos investimentos.

Quais as próximas ações previstas do CIM para o fomento da inovação em Maringá?

Jefferson: Nosso foco está em:

Implantar a nova vitrine virtual de geração de negócios entre startups e empresas, o Maringá Conecta

Reforçar a integração academia-mercado, aproximando pesquisadores de empresas

Expandir a Jornada do Empreendedor, com ênfase na aproximação dos empreendedores com os ambientes de inovação;

Apoiar startups em novos editais de inovação;

Fortalecer eventos âncora, como o Inovaweek, que mobiliza toda a cidade;

Expandir missões técnicas nacionais e internacionais, conectando Maringá a outros polos de inovação.

Quais os próximos passos do Centro de Inovação?

Jefferson: Desenvolver a segunda etapa da plataforma Maringá Conecta, com foco em aproximar pesquisadores e empresas e em mapear os ativos tecnológicos existentes na cidade;

Dar suporte ao recém criado – Observatório de Inovação de Maringá, acompanhando os principais indicadores de desempenho do ecossistema;

Levar o Inovaweek Maringá a um novo patamar, trazendo atrações internacionais e consolidando-o como evento de referência no Brasil;

Participar ativamente de eventos nacionais e internacionais, trazendo para o ecossistema local o que há de mais atual em inovação;

Reestruturar todo o processo de comunicação sobre inovação na cidade, fortalecendo a divulgação das ações e eventos de forma integrada.

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