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PR puxa a retomada do frango brasileiro no exterior

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Foto: Kaboompics.com de Pexels/Canva

A carne de frango brasileira voltou a ocupar espaço no mercado internacional com a queda de barreiras sanitárias e a normalização gradual das compras. Como maior produtor nacional – e o segundo maior do mundo –, o estado do Paraná lidera esse movimento e concentra a maior fatia das exportações brasileiras.

“Os mercados voltaram. O setor respondeu com sanidade, eficiência e entrega. O Paraná puxa essa retomada porque tem escala, qualidade e logística para cumprir contrato em qualquer cenário para garantir segurança alimentar nos mercados globais”, afirma o empresário Roberto Kaefer, presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar).

O avanço ocorre em paralelo à reorganização sanitária global. Países vêm retirando restrições impostas após casos pontuais de gripe aviária no Rio Grande do Sul e retomando as negociações de forma progressiva. Kaefer pontua que a posição do Brasil sustenta a confiança do importador e dá previsibilidade à cadeia.

O país é o principal exportador mundial de carne de frango – apesar de os Estados Unidos terem uma produção superior à brasileira, boa parte é para atender ao mercado interno.

A União Europeia reconheceu o Brasil como livre de gripe aviária e autorizou a volta das compras. Países como Chile, Namíbia, Macedônia do Norte e Arábia Saudita retiraram as restrições. Além destes, outros sete mercados — Argentina, Cuba, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, Índia, Mauritânia e Uruguai — também liberaram a carne de aves do País.

Kaefer fala que o país segue uma agenda ativa com mercados consumidores, como a China, para reabrir o acesso nas próximas semanas, com missão agendada para o próximo dia 22 de setembro no estado do Rio Grande do Sul.

“Importante destacar que o registro de gripe aviária ocorreu no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, que está muito mais próximo do Uruguai (300 km) e a mais de 1,1 mil quilômetros do Paraná. Nossas plantas seguiram aptas, com sanidade comprovada e controles em dia. Mantivemos conformidade plena e estamos prontos para atender à retomada dos mercados”, pontua.

“Quando as barreiras caem, os mercados consumidores buscam quem garante volume, constância e cumpre contratos. O Brasil tem isso, o Paraná entrega isso. Nosso foco agora é transformar reaberturas em contratos de médio prazo e presença contínua”, afirma o presidente do Sindiavipar.

Os números recentes reforçam o quadro. O Estado responde por cerca de um terço da produção nacional e por mais de 40% das exportações do País. Em 2024, as indústrias paranaenses embarcaram 2,17 milhões de toneladas, o equivalente a 16% do comércio global de frango, de acordo com dados do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR).

O Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) representa as indústrias de produtos avícolas. A carne de frango produzida no Paraná é exportada para 150 países.  

O processamento de aves no Paraná se concentra em 29 municípios e 35 indústrias. Além disso, a avicultura gera 95,3 mil empregos diretos e cerca de 1,5 milhão de empregos indiretos no Estado. São mais de 19 mil aviários, aproximadamente e 8,4 mil propriedades rurais distribuídas em 312 municípios paranaenses.

As indústrias associadas ao Sindiavipar são responsáveis por 97% da produção estadual.  

Segundo o Relatório da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil ocupa o primeiro lugar no mercado global de carne de frango, sendo o principal exportador do produto.  

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