A taxa de inadimplência de aluguel no Paraná registrou alta pelo quinto mês consecutivo, saindo de 3,08% em julho para 3,19% em agosto – sendo a maior taxa dos últimos seis meses –, com variação de 0,11 ponto percentual. No comparativo com o mesmo período de 2024 (2,66%), houve um aumento de 0,53 ponto percentual.
Apesar do aumento, o índice no estado ainda está abaixo da média nacional, que foi de 3,76% em julho. Os dados são do Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, principal plataforma de soluções tecnológicas e financeiras para os mercados condominial e imobiliário no país.
O Índice de agosto ainda aponta que, na capital Curitiba, a taxa de inadimplência está levemente acima da média de todo o estado, com 3,21%, uma diferença de 0,03 ponto percentual. É a primeira vez que a Superlógica traz o dado de inadimplência da capital do estado.
Segundo Manoel Gonçalves, Diretor de Negócios para Imobiliárias da Superlógica, “o novo aumento da inadimplência no Paraná chama atenção por marcar a maior taxa dos últimos seis meses no estado. Ainda assim, o índice permanece abaixo da média nacional, refletindo um cenário regional mais controlado. É importante acompanhar de perto as projeções para inflação e juros, já que qualquer alta pode agravar a inadimplência no pagamento do aluguel e intensificar o endividamento das famílias nos próximos meses”.
Em agosto, a região Nordeste continuou liderando o topo do ranking, com uma taxa de inadimplência de 4,94%, leve crescimento de 0,03 ponto percentual ante aos 4,91% de julho. A região Norte teve um aumento de 0,16 ponto percentual de julho para agosto e agora ocupa o segundo lugar com 4,64%, enquanto o Centro-Oeste teve uma queda significativa de 0,78 ponto percentual e passa ao terceiro lugar, com 3,90%.
O Sudeste aparece em seguida, com taxa de 3,62% – aumento de 0,11 ponto percentual em comparação com julho -, e o Sul com 3,31% – a menor taxa do país, apesar de crescimento de 0,12 ponto percentual entre julho e agosto.
O levantamento revela ainda que em relação ao tipo de imóvel, na região Sul, a taxa de inadimplência de apartamentos subiu de 2,42% em julho para 2,62% em agosto, acima da média nacional de 2,58%; enquanto a de casas diminuiu de 4,11% para 3,89%, abaixo da média nacional de 4,27%.
Já os imóveis comerciais registraram 4,29% de inadimplência, após 3,87% no mês anterior. No país, a média foi de 5,20% no mesmo período.
No cenário nacional, a inadimplência em imóveis residenciais na faixa de aluguel acima de R$ 13.000 continua em alta, desde junho de 2024, com uma taxa de 7,02% em agosto, e 6,02% em julho.
Os imóveis residenciais na faixa de aluguel de até R$ 1.000 também registraram nova alta, saindo de 6,14% em julho para 6,32% em agosto, um aumento de 0,18 ponto percentual. A taxa de inadimplência de imóveis de R$ 2.000 a R$ 3.000 e de R$ 3.000 a R$ 5.000 foram semelhantes, sendo 2,36% e 2,34%, respectivamente.
Já em relação aos imóveis comerciais, a faixa até R$ 1.000 continua com a maior taxa e segue em crescimento, de 7,98% em julho para 8,41% em agosto, um aumento de 0,43 ponto porcentual. A menor taxa foi na faixa de R$ 2.000 a R$ 3.000, de 4,42%.
“O índice mostra que a inadimplência é maior nas faixas extremas de aluguel, tanto nos imóveis de alto padrão quanto nos de menor valor, refletindo diferentes desafios financeiros. Já nas faixas intermediárias, os dados seguem mais estáveis, o que indica um equilíbrio maior entre a renda dos locatários e o valor dos aluguéis, tanto no mercado residencial quanto comercial”, avalia Gonçalves.