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Jovens e mulheres ganham espaço no comércio do PR

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Foto: peoplecreations/freepik

O trabalhador do comércio paranaense é, em sua maioria, adulto, com ensino médio completo e cada vez mais representado por mulheres e jovens.

É o que mostra o estudo Perfil do Trabalhador do Comércio no Paraná, elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) com base em dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS 2024) e do Caged 2025. O levantamento foi produzido em alusão ao Dia do Comerciário, comemorado em 30 de outubro.

De acordo com o estudo, 47,3% dos trabalhadores do comércio têm entre 30 e 49 anos, e 60% possuem o ensino médio completo. O Paraná se destaca como o estado com maior número de empregos formais no comércio da Região Sul, e o terceiro no ranking nacional de geração de postos de trabalho no setor.

A distribuição entre homens e mulheres é equilibrada, mas a diferença salarial ainda é perceptível: o salário médio das mulheres é de R$ 2.987,77, enquanto o dos homens chega a R$ 3.804,78. A maior concentração de profissionais está nas faixas de 30 a 39 anos (23,3%) e 40 a 49 anos (21,1%), seguidas pelos grupos mais jovens, de 18 a 24 anos (16,8%) e 25 a 29 anos (15,3%).

Esses números revelam que o setor é formado tanto por trabalhadores experientes quanto por novos ingressantes em início de carreira.

Entre janeiro e agosto de 2025, as mulheres ocuparam cerca de 59% das novas vagas abertas no comércio paranaense. Os jovens também ampliaram sua presença no setor.

No mesmo período, sete em cada dez novas contratações foram de profissionais com até 24 anos, o que confirma o papel do comércio como porta de entrada para o primeiro emprego, especialmente em funções operacionais e de atendimento, posições mais acessíveis a quem busca iniciar a carreira profissional e ainda não possui experiência.

Outro destaque do estudo é a alta mobilidade laboral no comércio, com tempo médio de permanência de 15 meses. Segundo o assessor econômico da Fecomércio PR, Lucas Dezordi, o dado reflete tanto a dinâmica do setor quanto a rotatividade natural de funções que exigem atendimento direto ao público.

“Essa rotatividade relativamente elevada pode ser explicada pela dinâmica própria do segmento, com fluxos sazonais de contratação, expansão de novas lojas e turnover típico do varejo, bem como pela constante entrada de novos profissionais em busca de experiência. Se, por um lado, essa mobilidade indica desafios para a retenção de talentos e necessidade contínua de treinamento de novos funcionários, por outro lado mostra a capacidade de renovação do setor e sua função de termômetro da economia local: quando o comércio aquece, contrata; quando esfria, ajusta rapidamente seu quadro de pessoal”, observa.

De acordo como economista, o levantamento reforça o papel do comércio como um dos pilares da economia estadual.

“O estudo reforça que o comércio paranaense se mantém como um dos pilares do mercado de trabalho formal e também funciona como um termômetro da economia estadual. A crescente participação de jovens e mulheres nas contratações sinaliza uma força de trabalho mais plural e conectada às novas exigências do consumo, o que é fundamental para um setor em constante transformação”, avalia assessor econômico da Fecomércio PR.

“Com a diversidade e a qualificação em expansão, o comércio paranaense consolida-se como um dos segmentos mais dinâmicos do mercado formal, refletindo as mudanças no perfil do trabalhador e na estrutura produtiva do estado”, completa o economista.

Comerciário é o termo empregado no Brasil para designar o trabalhador do setor de comércio. Mais do que uma definição linguística, comerciário carrega um peso histórico: representa uma classe trabalhadora numerosa e suas conquistas por direitos.

Foi neste contexto que o Sistema Fecomércio Sesc Senac nasceu, a partir de um compromisso social firmado ainda na década de 1940. Desde então, os trabalhadores do comércio passaram a contar com uma rede de apoio mantida pelos próprios empresários do setor, voltada à melhoria da qualidade de vida e ao crescimento profissional dessa categoria.

Por meio do Sesc, os comerciários e seus dependentes têm acesso a serviços de saúde, atendimentos odontológicos, atividades culturais, esportes, lazer e turismo social a preços acessíveis.

O Senac, por sua vez, oferece cursos de capacitação, formação técnica, profissionalizante e ensino superior, preparando trabalhadores para o mercado com foco em empregabilidade. Esse modelo, pioneiro e duradouro, segue promovendo inclusão, bem-estar e oportunidades para milhões de pessoas em todo o país.

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