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Holding está entre as maiores plataformas de moda masculina no atacado

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Foto: Divulgação/AKR Brands

Durante muito tempo, a moda brasileira foi ditada por um eixo bem definido: São Paulo criava, o Rio desfilava e o restante do país seguia o ritmo. Mas essa lógica vem mudando e a transformação parte justamente de onde menos se esperava: o interior.

De Londrina, no norte do Paraná, a AKR Brands se consolidou como um dos maiores grupos de moda masculina do país, no atacado, em um movimento que traduz uma nova geografia do consumo e da produção de moda no Brasil.

De acordo com o IPC Maps 2025, mais de 55% do consumo nacional já ocorre fora das capitais. As grandes metrópoles, que antes concentravam o poder de compra e influência, hoje respondem por menos da metade do mercado. O interior, impulsionado por cidades médias economicamente fortes, passou a ser não apenas o principal público consumidor, mas também o berço de novos negócios que estão redefinindo o setor.

“Durante muito tempo, nascer nas capitais era quase uma condição para ser relevante. Hoje, o jogo virou: quem está no interior tem uma vantagem real, porque vive o cotidiano do consumidor, entende suas necessidades e reage rápido às mudanças. Por isso, ver a AKR ser reconhecida entre as maiores forças da moda masculina, no atacado, do país é motivo de orgulho, mostrando que é possível crescer com consistência, mantendo nossas raízes em Londrina”, afirma Allan Soares, CEO e cofundador da AKR Brands.

Fundada por Allan Soares e Rafael Miranda, a holding reúne as marcas King&Joe, King&Joe Play e K&J Black, com uma fábrica própria de 10 mil m² em Londrina e atuação em todo o território nacional. A empresa, que deve alcançar R$ 120 milhões em faturamento em 2025, tem presença em mais de 2.500 cidades brasileiras, sendo que 67% dos pontos de venda estão fora das capitais, uma distribuição que reforça o potencial de crescimento das marcas próximas à base consumidora.

Mais do que um caso isolado, o avanço da AKR reflete um fenômeno mais amplo: o da descentralização econômica e criativa. Setores como o agronegócio, a tecnologia e agora a moda vêm se reinventando a partir das cidades médias, impulsionados pela digitalização e pela mudança no comportamento do consumidor brasileiro.

“Construir do interior exige tempo, mas traz consistência. Nosso crescimento veio da proximidade, de entender o cliente e de adaptar o modelo de negócio à realidade do mercado. Esse é o novo mapa da moda brasileira”, completa o CEO.

A trajetória da AKR mostra que a moda feita fora do eixo Rio–SP pode ser competitiva, influente e conectada com o que realmente move o consumo nacional. Longe dos grandes desfiles e perto do dia a dia do cliente, o interior não é mais coadjuvante, é de lá que têm surgido as marcas que estão redesenhando o futuro da moda no país.

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