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Emprego e tecnologia aceleram crescimento do polo automotivo no PR

Polo automotivo Economia PR
Foto: Gelson Bampi

Em comemoração ao Dia da Indústria Automotiva, celebrado em 10 de novembro, a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) reuniu uma série de números que mostram a relevância do setor. Atualmente, o estado é segundo maior polo automotivo do Brasil, de acordo com dados do Valor de Transformação Industrial de 2023, fornecidos pelo IBGE, superado apenas por São Paulo, sendo um dos pilares da economia do Estado e referência nacional em inovação e produtividade.

São cerca de 45 mil empregos formais gerados por mais de 780 estabelecimentos industriais em diversas regiões, segundo informações do Novo Caged apuradas pelo Núcleo de Assessoria Econômica da Fiep. Já o setor de reparação automotiva, que faz parte do segmento, soma 25 mil trabalhadores em mais de 8 mil estabelecimentos.

Além disso, o polo de Curitiba, São José dos Pinhais e Campo Largo abriga montadoras e uma rede de fornecedores altamente especializados, que impulsionam o desenvolvimento tecnológico e a construção de um novo cenário de mobilidade, mais eficiente e sustentável.

“O impacto vai além da produção e reparação de veículos. Gera emprego, renda, conhecimento e movimenta toda uma cadeia de inovação que inclui metalmecânica, eletrônica, energia e tecnologia”, afirma Carlos de Paula, coordenador do Conselho Setorial Automotivo da Fiep.

A força do segmento não para por aí. Este ano, de acordo com dados do Novo Caged, foram aproximadamente 1.100 novas contratações na indústria e 712 no setor de reparação para atender à demanda crescente de mão de obra especializada. O Paraná é o terceiro estado do país que mais abriu oportunidades, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais.

De acordo com dados do IBGE, levantados pela Fiep, este setor representa 11% do PIB industrial do Paraná (Valor Bruto de Produção) e 10,7% do PIB Industrial automotivo do Brasil.

Nas vendas internacionais o saldo também é positivo. O estado é o segundo maior exportador nacional de veículos, respondendo por 13% de tudo que é vendido para fora (Comex Stat, 2025). Os principais destinos das exportações são Argentina (47%), Peru (15%), Colômbia (11%), Chile (9%), México (6%) e Uruguai (5%).

Qualificação e novos perfis profissionais

A transição para veículos eletrificados e conectados tem acelerado a necessidade de mão de obra especializada, um dos principais desafios atualmente.

Para acompanhar essa transformação nas fábricas e nas oficinas, a Fiep, por meio do Senai Paraná, desenvolve programas de formação e aperfeiçoamento voltados à automação, eletrônica veicular, eletromobilidade e manufatura avançada.

“A inovação não acontece apenas nas empresas. Ela começa com as pessoas. Hoje, formar profissionais capazes de lidar com novas tecnologias é o grande diferencial competitivo do ramo automotivo”, destaca Carlos de Paula.

O coordenador lembra ainda que o Paraná reúne um dos ecossistemas mais completos do país para o desenvolvimento da mobilidade: montadoras globais, universidades com centros de pesquisa em engenharia e uma estrutura de apoio técnico que envolve o Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica, referência nacional em soluções para energia e mobilidade elétrica.

As unidades educacionais do Senai Paraná atendem todas as regiões do estado com cursos profissionalizantes para quem quer atuar na área.

Entre os grandes diferenciais, estão dos cursos técnicos em Administração, Automação Industrial, Desenvolvimento de Sistemas, Eletromecânica, Eletrônica, Logística, Manutenção Automotiva, Mecânica, Mecatrônica, Qualidade Química, Segurança do Trabalho e outros. Trabalhadores da indústria têm descontos especiais.

Outro ponto importante é que o Conselho atua como uma plataforma de articulação entre empresas, poder público e instituições de ensino, fomentando debates e projetos voltados à sustentabilidade, inovação e formação de competências.

O grupo vem fortalecendo a interlocução entre o setor produtivo e as entidades de inovação, com foco em temas como descarbonização, eficiência energética e digitalização das linhas de produção.

“O conselho tem a missão de conectar quem está produzindo com quem está formando e pesquisando. Essa integração é essencial para preparar a área para os próximos dez ou quinze anos”, complementa Carlos de Paula.

Durante a semana de 10 a 14 de novembro, o Sistema Fiep promove ações voltadas à valorização do segmento, reforçando o papel estratégico na geração de oportunidades e no desenvolvimento tecnológico do Estado. Com forte presença no cenário nacional, o Paraná reúne tecnologia, inovação e qualificação de trabalhadores.

“O setor automotivo é uma das portas mais promissoras para o mercado de trabalho porque une qualificação e crescimento profissional. É um ambiente que valoriza o conhecimento e oferece oportunidades reais de evolução, com salários e perspectivas de carreira acima da média de outras áreas”, conclui De Paula.

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