Com o encerramento oficial do suporte da Microsoft ao Windows 10, em outubro de 2025, acendeu-se um alerta às pequenas e médias empresas (PMEs) que ainda utilizam o sistema, pois podem enfrentar riscos maiores relacionados à segurança digital e à continuidade de suas operações.
O uso de sistemas operacionais defasados representa mais do que uma questão técnica, já que, sem atualizações de segurança ou correções de vulnerabilidades, os sistemas tornam-se alvos mais fáceis para ataques de malware, ransomware, exploits e invasões, o que pode comprometer a integridade, a confidencialidade e a disponibilidade de dados corporativos.
Segundo Rodrigo Guercio, vice-presidente de Negócios Corporativos da Positivo Tecnologia, a atualização é uma etapa essencial para manter a segurança das operações e minimizar alguns riscos.
“Para as PMEs, que geralmente têm equipes de TI reduzidas e nem sempre especializadas em cibersegurança, manter sistemas desatualizados é como operar com as portas abertas para ciberataques, e planejar esse tipo de atualização é algo essencial. Tal preparação evita uma exposição prolongada a riscos, garante a compatibilidade de softwares, além de reduzir impactos operacionais inesperados e o altíssimo custo de recuperação após um incidente de segurança”, alerta o executivo.
O processo de atualização deve começar com uma avaliação completa do parque tecnológico, incluindo um inventário detalhado de hardware, software e versões do Windows.
É importante verificar a idade e o desempenho dos equipamentos para decidir entre realizar o upgrade do sistema operacional ou substituí-los por modelos mais modernos. Outro ponto essencial é checar a compatibilidade de softwares críticos, o que garante que aplicações e sistemas legados continuem funcionando corretamente mesmo após a migração.
“Esse planejamento detalhado é um investimento que custa muito menos do que o prejuízo de ter a operação paralisada por um ataque”, explica Guercio.
Além da atualização de sistemas, é fundamental implementar algumas medidas de cibersegurança complementares, como o uso de soluções modernas de proteção endpoint, tais como antivírus e EDR (Endpoint Detection and Response); estabelecer rotinas robustas de backup e recuperação de dados, com testes periódicos; ativar a autenticação multifator (MFA) para acessos administrativos e remotos; oferecer treinamentos frequentes de conscientização sobre segurança, principalmente para evitar golpes de phishing; realizar monitoramento constante de redes e sistemas, com ferramentas de detecção e resposta a incidentes, e definir políticas claras de governança e controle de privilégios de TI.
A permanência no Windows 10 após o fim do suporte também pode gerar riscos de não conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), devido à maior probabilidade de vazamentos de dados e comprometimento de informações pessoais.
Mais do que uma obrigação, o momento de transição pode ser uma oportunidade estratégica para as PMEs modernizarem sua infraestrutura tecnológica, fortalecerem a sua defesa digital e ganharem eficiência, produtividade e competitividade.
A substituição de equipamentos pode abrir espaço para a adoção de soluções em nuvem, automação de processos e políticas mais robustas de segurança e governança de TI.
“Quando bem planejada, a atualização tecnológica deixa de ser um simples custo e se torna um investimento estratégico em segurança e eficiência operacional – pilares essenciais para a continuidade dos negócios. Ela fortalece a proteção digital, aprimora o desempenho operacional e posiciona as PMEs em um patamar mais competitivo no mercado”, destaca o executivo.
Para superar desafios como limitações orçamentárias, falta de pessoal especializado e resistência interna à mudança, as empresas podem contar com consultorias em TI, integradores e parceiros certificados pela Microsoft, que oferecem suporte técnico especializado para uma migração segura e eficiente.