Por Bruno Lage, administrador com MBA em Finanças (FGV); atuou em grandes bancos e family offices e, em Curitiba, cofundou a Catálise com Marcelo Aoki
Não há como negar! Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) vivem um momento de ascensão no mercado brasileiro.
O que antes era uma estrutura restrita a operações mais específicas hoje se consolida como uma alternativa estratégica para investidores institucionais que buscam diversificação, retorno ajustado ao risco e maior proximidade com a economia real.
O Brasil já conta com cerca de 4.891 FIDCs ativos, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O patrimônio líquido total desses fundos já supera o dos fundos de ações, demonstrando o peso que essa classe começa a ter na alocação de grandes carteiras.
Esse crescimento revela uma tendência positiva e sólida. A procura por alternativas à renda fixa tradicional, aliada à maior sofisticação do mercado de crédito privado, tem levado investidores institucionais a enxergarem os FIDCs como um veículo eficiente de exposição a setores produtivos.
O olhar se volta para o potencial de retorno competitivo e com lastros mais alinhados às dinâmicas da economia real.
FIDCs bem estruturados têm demonstrado sua força na geração de valor. São capazes de financiar desde grandes varejistas até fintechs inovadoras, passando por setores essenciais como infraestrutura, saúde e educação. É uma classe de ativos que aproxima o mercado financeiro do setor produtivo, gerando impacto e oportunidades plausíveis.
O momento atual é promissor. O mercado está mais maduro, os investidores estão mais preparados e a estrutura regulatória oferece cada vez mais segurança.
Para quem acompanha de perto a evolução dos FIDCs, como nós, na Catálise, é evidente que o segmento vive uma nova fase, mais forte e mais estratégica.
Se mantivermos o foco em qualidade, governança e entrega, os FIDCs devem ocupar um espaço definitivo nas carteiras institucionais.
E isso não apenas como alternativa, mas como parte central de uma estratégia de investimentos moderna, conectada e, principalmente, que prioriza a democratização do crédito no Brasil. E esse é o maior ativo da Catálise.