A segunda edição do Festival de Inovação de Londrina começou na manhã desta quinta-feira (27), no Parque Ney Braga, reunindo autoridades, empresários, pesquisadores, representantes das 12 governanças do ecossistema e lideranças nacionais do setor. O evento segue até o final da tarde desta sexta-feira (28).
Na abertura, o secretário de Inovação e Inteligência Artificial do Paraná, Alex Canziani, afirmou que o estado vive um momento decisivo na área de ciência e tecnologia — e traçou uma meta clara: colocar o Paraná como o segundo estado mais inovador do Brasil já no próximo ano, ultrapassando Santa Catarina.
“O Paraná saiu do sexto lugar em inovação, em 2020, para o terceiro agora, muito próximo de Santa Catarina”, afirmou, citando indicadores do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). “Nossa meta é objetiva: no ano que vem, queremos ultrapassar Santa Catarina — com todo respeito aos catarinenses.”
Canziani destacou que o avanço não é casual.
“Em 2023, investimos R$ 100 milhões em ciência, tecnologia e inovação. Este ano, serão mais de R$ 600 milhões”, disse. Segundo ele, inovação é o eixo central da estratégia para dobrar o PIB do Paraná entre 2019 e 2026. “Os vencedores do Prêmio Nobel deste ano mostraram exatamente isso: investimento em inovação gera desenvolvimento econômico e qualidade de vida.”
Lúcio Kamiji, presidente do Conselho de Administração da Estação 43, instituto realizador do FIIL, destacou a diversidade de atores presentes:
“Reunimos aqui uma comunidade vibrante de pessoas, ideias e propósitos: autoridades políticas, representantes das 14 entidades do nosso conselho, membros das 12 governanças setoriais, empresários, startups, pesquisadores, gestores públicos e sociedade civil. Todos unidos pela convicção de que a inovação transforma vidas, territórios e futuros.”
O coordenador geral do FIIL, Hemerson Ravaneda, enfatizou a importância da articulação regional — especialmente a relação entre Londrina e Maringá.
Com bom humor, mencionou as rivalidades entre as cidades vizinhas, mas reforçou que Londrina tem muito a oferecer: “É uma cidade com ambiente forte para a indústria e o comércio, grande capacidade tecnológica, academia qualificada e muitos talentos — inclusive talentos que estamos repatriando com novas oportunidades.”
“Trabalhar de forma colaborativa, respeitando as particularidades de cada cidade, fortalece todo o Paraná”, afirmou.
O gerente regional do Sebrae Norte, Rubens Negrão, destacou o reconhecimento nacional do ecossistema londrinense.
“Só nos últimos dois anos, recebemos mais de 34 missões de outras cidades e estados, incluindo Rio Grande do Sul, Rondônia, Palmas e Botucatu”, disse.
O consultor do Sebrae, Heverson Feliciano, reforçou que Londrina tem trajetória consolidada. Ele lembrou o planejamento iniciado em 2016 pelo Instituto de Desenvolvimento Empresarial, com apoio do Sebrae, FIEP e outras instituições, que traçou eixos prioritários para a inovação na cidade.
A partir dessa organização, nasceu a metodologia que o Sebrae hoje dissemina nacionalmente.
“Entre 2018 e 2019, treinamos representantes de 26 estados. Com a pandemia, continuamos remotamente. Hoje, essa metodologia está presente em 243 ecossistemas de inovação do Brasil”.
Ele anunciou ainda que o ELI Summit, encontro nacional dos ecossistemas de inovação, principal encontro do setor no país, será realizado em Londrina, de 24 a 26 de novembro de 2026.