A Associação Brasileira de Startups (ABStartups) lançou a oitava edição do Mapeamento do Ecossistema Brasileiro de Startups, estudo que reúne dados de 3.650 startups distribuídas por 424 cidades. O levantamento indica um cenário de amadurecimento do setor, com maior estabilidade dos modelos de negócio e expansão da inovação para além do eixo tradicional.
Segundo o estudo, 82,2% das startups brasileiras atuam nos modelos B2B ou B2B2C, enquanto 53,1% já estão em estágios de operação ou tração. O modelo SaaS segue predominante, representando 39,2% das operações, e o faturamento médio anual ficou em R$ 736 mil.
Entre as verticais, as edtechs lideram com 10,1%, seguidas por healthtechs e life sciences (9,4%), que ultrapassaram as fintechs nesta edição.
Na frente de investimentos, 34,8% das startups já receberam aporte, com valor médio de R$ 1 milhão, sendo que 68,5% dos recursos vieram de investidores locais, da própria cidade ou estado.
Paraná se consolida entre os principais polos de startups do país
No recorte estadual, o Paraná concentra 5,7% das startups mapeadas e figura entre os dez principais ecossistemas do Brasil, posicionando-se à frente de estados como Bahia, Ceará e Amazonas.
Dentro da região Sul, que responde por 19,3% do total nacional, o estado se mantém como um dos vetores de inovação ao lado de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O desempenho paranaense dialoga diretamente com uma das principais conclusões do estudo: o fortalecimento dos ecossistemas regionais.
Com mais de dois terços dos investimentos originados localmente, ambientes como o do Paraná ganham relevância por combinar redes de empreendedores, investidores, universidades e hubs de inovação capazes de sustentar o crescimento das startups.
Além da densidade do ecossistema, o estado acompanha tendências nacionais de maturidade, com predominância de soluções voltadas ao mercado corporativo e avanço de empresas já em operação ou tração.
O cenário reforça a capacidade do Paraná de gerar negócios inovadores, atrair capital e ampliar a geração de empregos qualificados, consolidando o estado como um polo estratégico no mapa da inovação brasileira.
