Em um mundo cada vez mais saturado de distrações digitais e sobrecarga de tarefas, a gestão eficiente do tempo se tornou uma das habilidades mais decisivas para o sucesso de qualquer profissional ou empresa.
Beatriz Machnick, especialista em finanças jurídicas e fundadora da BM Finance Group, alerta que, em 2025, os “ladrões de tempo” como o uso excessivo de redes sociais, procrastinação e a falta de planejamento adequado impactam diretamente a produtividade e a rentabilidade dos negócios.
Estudos revelam que equipes sem um sistema estruturado desperdiçam até 30% do seu tempo com retrabalho, falta de alinhamento e dificuldade no acesso a informações essenciais.
Além disso, 75% dos projetos falham devido à ausência de um planejamento claro, conforme dados do PMI (Project Management Institute). Esses números refletem a realidade de muitos empreendimentos, onde a falta de organização do tempo e recursos causa desperdício de oportunidades e resultados abaixo do potencial.
Especializada na gestão financeira do mercado da advocacia, Beatriz conta que vê com frequência esses problemas na realidade do setor, mas destaca que o efeito dominó da má condução de tempo afeta todos os segmentos empresariais no país.
“Para dar o exemplo de um escritório jurídico, a falta de controle do tempo e das prioridades resulta em uma operação ineficiente, com tarefas mal distribuídas, custos desnecessários e uma gestão financeira deficiente. Isso compromete o crescimento sustentável neste e outros mercados”, explica Beatriz.
Segundo ela, líderes empresariais sofrem com a pressão de equilibrar a agenda sobrecarregada, enquanto tentam manter a rentabilidade e a qualidade no atendimento aos clientes.
A solução está na reorganização das prioridades e na implementação de processos mais eficientes, que envolvem desde a precificação de serviços até a governança de pessoas e recursos financeiros.
Beatriz ainda observa que empreendedores da atualidade, especialmente os mais jovens ou iniciantes, enfrentam dificuldades na precificação dos serviços e na definição de estratégias financeiras.
“A falta de uma gestão sólida pode comprometer os lucros de um negócio, mesmo que ele esteja com um bom volume de faturamento. Faturamento não é sinônimo de lucro”, afirma.
A especialista acrescenta que a chave para transformar a realidade das empresas está em estabelecer um sistema claro de planejamento, tanto financeiro quanto de tempo.
Para Beatriz, eliminar os ladrões de tempo não significa apenas aumentar a produtividade. É uma questão de equilíbrio.
“Não podemos sacrificar a qualidade de vida para aumentar a rentabilidade. Uma gestão de tempo eficiente traz mais leveza ao trabalho, e isso reflete diretamente na saúde mental dos profissionais e na qualidade do serviço oferecido aos clientes”, conclui.
De acordo com a consultora, gestores que souberem organizar suas prioridades, investir em soluções tecnológicas e adotar uma abordagem estratégica serão mais eficientes e lucrativos, conseguindo não só aumentar seus resultados, mas também manter uma carreira sustentável e equilibrada.