O agronegócio brasileiro lidera a transformação tecnológica na América do Sul, com forte adoção de tecnologias voltadas à rastreabilidade e ao mercado de carbono, que aumentam a produtividade alinhada à sustentabilidade. A região tem papel importante na produção global de alimentos.
Dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) apontam que América Latina e Caribe respondem por cerca de 14% da produção mundial e quase 45% do comércio internacional líquido de produtos agroalimentares.
Até 2028, a região deve concentrar 25% das exportações agrícolas e pesqueiras do mundo. Entre 2020 e 2022, o valor líquido da produção agrícola e da pesca na América Latina e Caribe foi estimado em US$ 157 bilhões, com previsão de subir para US$ 248 bilhões até 2032. O Brasil se destaca ao oferecer soluções adaptadas ao clima e solo tropicais que predominam na região.
Para Wladimir Chaga, CEO da BRANDT Brasil, empresa de inovação tecnológica em fisiologia vegetal, biossoluções e tecnologia de aplicação, “pautas como essas impulsionam o agronegócio e geram oportunidades para o Brasil ampliar suas exportações, fortalecer cadeias produtivas e promover cooperação em pesquisa. A integração da América do Sul gera sinergias tecnológicas importantes e atrai investimentos que beneficiam o setor como um todo”.
Recentemente, a BRANDT Brasil passou a atuar como hub estratégico para a América do Sul, centralizando suas operações em sua fábrica de Cambé, o que permite aproveitar a estrutura industrial e estreitar a colaboração entre as equipes técnicas e comerciais nos países atendidos, acelerando o desenvolvimento de soluções que atendam às especificidades do agronegócio regional.
Como parte dessa expansão, a empresa investe na ampliação da presença regional, com a previsão de novas contratações comerciais.
Essa atuação ganha ainda mais relevância diante das projeções para a próxima década. Segundo relatório conjunto da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da FAO, a produção de grãos e oleaginosas no Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, deve crescer em mais de 100 milhões de toneladas, consolidando a região como um dos principais polos produtivos globais.
Logística, infraestrutura e ambiente regulatório ainda são entraves entre os países sul-americanos, mas o mercado apresenta cada vez mais oportunidades para a expansão da tecnologia brasileira.
“Estamos conduzindo ensaios agronômicos locais na Argentina, Paraguai e Colômbia, firmando parcerias com distribuidores estratégicos e registrando tecnologias adaptadas ao manejo regional”, destaca o CEO.
A empresa também desenvolveu centros de competência técnica com foco em capacitação. Os investimentos, segundo Chaga, priorizam culturas como soja, milho, trigo, café e fruticultura. A expansão faz parte da estratégia da companhia, que mantém metas até 2030.
“Entre os nossos focos estão a ampliação do portfólio sustentável e biológico e a aproximação com institutos de pesquisa locais. A América do Sul é protagonista do agronegócio global, e queremos estar na vanguarda dessa transformação”, afirma.