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Educação financeira empresarial: economizar e investir é o básico

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Foto: Arthon meekodong / Canva

Da mesma forma que a organização financeira é fundamental na vida pessoal, ela também é determinante para a sobrevivência de uma empresa. Negócios que não cuidam bem de seu fluxo de caixa e não planejam o uso dos recursos correm mais risco de encerrar as atividades precocemente.

Dados compartilhados no relatório “Tudo o que o empresário precisa saber para 2025”, realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), revelam que 21,6% das microempresas brasileiras fecham suas portas em até cinco anos de funcionamento.

No caso das pequenas empresas, o percentual é de 17%, sendo a falta de planejamento o principal motivo, conforme apontado por 17% dos empreendedores. 

O cenário reforça a importância de colocar a educação financeira empresarial como prioridade na gestão. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), ela ajuda a tomar decisões mais conscientes, como investir, poupar e consumir com responsabilidade, assim como entender a importância de criar reservas e evitar endividamentos desnecessários. 

Para o Sebrae, pequenas economias podem gerar grande impacto no caixa. Medidas como apagar luzes em ambientes que não estão sendo usados, reutilizar a água, reciclar materiais e trocar lâmpadas por modelos mais econômicos já contribuem para reduzir custos operacionais.

A adoção de soluções inteligentes também pode ajudar a otimizar recursos. Empresas que utilizam veículos no dia a dia podem reduzir despesas ao adotar uma tag de pedágio sem mensalidade, o que simplifica a gestão da frota e elimina cobranças fixas.

Outra prática que pode gerar ganhos é o uso de cartões corporativos que acumulam pontos ou oferecem cashback, desde que haja o controle para evitar juros.

Quando uma empresa consegue economizar, aumenta a sua rentabilidade, conforme destaca o Sebrae. Os recursos economizados podem provocar a redução do preço final de produtos ou serviços, fortalecendo a competitividade no mercado, ou serem transformados em investimentos.

Ainda de acordo com o Sebrae, uma das principais diferenças entre uma boa e uma má administração está na forma como o empresário utiliza os lucros gerados pelo negócio. O lucro líquido deve ser reinvestido antes mesmo que os resultados sejam divididos, já que é um valor fundamental para manter a competitividade do negócio.

Investimento varia conforme necessidade do negócio

De acordo com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), para quem está começando a investir e busca por maior previsibilidade, os títulos de renda fixa são opções mais seguras, como Certificados de Depósito Bancário (CDBs), Tesouro Direto, Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e Letras de Câmbio (LCs).

No entanto, existem alternativas em renda variável, como Fundos de Investimento Imobiliário (FII) e investimentos no exterior, que ajudam a diversificar a carteira, proteger o capital contra variações cambiais e acessar mercados com maior potencial de valorização.

A escolha das aplicações deve levar em conta taxas, impostos envolvidos e rentabilidade, conforme explica o Banco Central do Brasil (BCB), pois ajuda a planejar e evitar surpresas indesejadas. Além disso, fatores como liquidez e segurança devem ser priorizados, de acordo com as necessidades do negócio. 

Estudo de viabilidade econômica pode ajudar a orientar decisões

Ainda no relatório “Tudo o que o empresário precisa saber para 2025”, o Sebrae destaca que, para colher bons frutos com o negócio, é essencial elaborar um estudo de viabilidade econômica. Essa ferramenta ajuda gestores e empreendedores a determinar se um investimento será realmente sustentável e lucrativo a longo prazo.

O estudo fornece dados sobre o retorno financeiro provável, levando em conta o capital investido e a análise de mercado. Ou seja, na prática, ele avalia se há uma boa possibilidade de que as entradas de recursos superem os investimentos realizados. 

Para isso, é importante realizar pesquisas e aplicar métricas como a Taxa Interna de Retorno (TIR), a Taxa Mínima de Atratividade (TMA), e o Payback, que indicam em quanto tempo o investimento será recuperado.

Também é necessário realizar a identificação de todos os custos necessários para manter o negócio ativo e produzir mercadorias ou serviços. Esta etapa engloba desde matérias-primas e gastos com fornecedores até investimentos em marketing e despesas fixas, como contas de energia, água e internet.

O que vai determinar a viabilidade econômica é a interpretação desses resultados. Após calcular indicadores como o Payback, o empreendedor deve analisar se os números projetam um cenário positivo para o empreendimento. Caso contrário, será necessário ajustar o planejamento ou buscar alternativas mais viáveis, evitando riscos desnecessários e preservando a saúde financeira da empresa.

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