Com mais de 245 mil toneladas anuais de tilápia, o Paraná mantém a liderança da piscicultura brasileira, respondendo por 25,8% da produção nacional, segundo dados da Associação Brasileira da Piscicultura. Esse protagonismo se reflete também na crescente busca por soluções tecnológicas e nutricionais que atendam às exigências de uma cadeia cada vez mais profissionalizada.
“A aquicultura brasileira entrou em uma nova fase. O produtor quer mais do que ração: ele busca suporte técnico, padronização, soluções de nutrição aquícola personalizadas e desempenho zootécnico em alto nível. O Paraná tem se destacado justamente por essa maturidade”, afirma Ricardo Garcia, gerente de Aquicultura da ADM, líder global em nutrição humana e animal.
Ainda segundo a Associação Brasileira de Piscicultura, a tilápia é a principal espécie cultivada no Brasil e representa mais de 68% da produção nacional de peixes.
Apesar de ser considerada uma espécie resistente, sua criação em sistemas intensivos, cada vez mais comuns no Paraná, exige manejo técnico rigoroso, com controle da qualidade da água, manutenção da temperatura entre 26 °C e 29 °C, níveis adequados de oxigênio dissolvido e, sobretudo, atenção a uma dieta nutricionalmente balanceada , fundamental para garantir ganho de peso, saúde intestinal e boa taxa de sobrevivência.
A força da tilapicultura no Paraná é resultado de uma combinação de pioneirismo, apoio técnico e visão estratégica. A introdução da espécie no estado, há cerca de 50 anos, foi impulsionada por ações de incentivo de extensão rural que logo ganhou escala com o engajamento de cooperativas e produtores organizados.
Mesmo com os desafios climáticos e estruturais do início, o setor avançou com profissionalismo, apostando em modelos de integração, industrialização e inovação.
Hoje, o Paraná se destaca não apenas pelo volume produzido, mas por ter consolidado uma cadeia produtiva altamente técnica, com foco em eficiência, qualidade e sustentabilidade.
Com um mercado que movimenta cerca de R$ 9 bilhões e gera 1 milhão de empregos, a piscicultura nacional tem exigido cada vez mais inovação nutricional para lidar com desafios como altas densidades nos viveiros, oscilações ambientais, sanidade intestinal e competitividade nos custos.
Nesse contexto, soluções como o Aquatrax, uma levedura exclusiva da ADM, vêm ganhando espaço nas formulações de fábricas de ração e produtores integrados.
O produto atua diretamente no auxílio da melhoria da saúde intestinal e da imunidade dos peixes, ajudando a favorecer o ganho de biomassa e a eficiência alimentar, dois fatores críticos em sistemas de produção intensiva.
“Nosso trabalho em pisciculturas no Paraná tem apresentado resultados consistentes, com destaque para a maior resiliência dos lotes, redução na necessidade de uso de medicamentos e maior uniformidade no desempenho zootécnico, mesmo diante de condições desafiadoras, como variações na qualidade da água, oscilações de temperatura e impactos do estresse hídrico decorrente de períodos de seca ou de chuvas intensas”, ressalta Ricardo.
Em ambientes de alta densidade, a competição por alimento e o estresse fisiológico aumentam. Por isso, rações de alta qualidade, associadas a aditivos funcionais, como os fitogênicos, pré e probióticos, minerais orgânicos e outros, são essenciais para otimizar a conversão alimentar, fortalecer o sistema imunológico e promover o crescimento uniforme do lote, contribuindo para um menor impacto ambiental e maior retorno econômico por ciclo.
Além dos investimentos em tecnologia nutricional, o setor também tem avançado em pesquisa, automação e boas práticas de fabricação, fatores que colocam o Paraná como uma referência nacional na transformação da aquicultura em um negócio estruturado, sustentável e competitivo.
“A ADM acompanha essa evolução com um portfólio completo de soluções nutricionais para aquicultura, que inclui premixes, aditivos funcionais, conservantes e suporte técnico especializado, com o objetivo de oferecer ferramentas que sustentem a alta performance produtiva com responsabilidade ambiental e segurança alimentar”, finaliza Ricardo.
