Pesquisar

Conta de luz mais cara aumenta apelo por cooperativas de energia

cooperativas de energia economiapr
Foto: Divulgação

O custo com energia elétrica está presente em todos os lares e empresas do país, representando, em muitos casos, uma das despesas mais significativas do orçamento mensal. O impacto no valor das faturas em 2025 é intensificado pelos reajustes tarifários aplicados em diferentes regiões do país.

Dados da ANEEL mostram que as tarifas mais altas estão concentradas no Norte, Centro-Oeste e Sudeste. O Pará lidera com R$0,978/kWh, seguido de Tocantins e Rio de Janeiro, ambos acima da média nacional. No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso também figuram entre os estados com energia mais cara.

Já no Sul, embora os valores estejam entre os mais baixos do país, a região registrou aumentos expressivos: no Rio Grande do Sul, o reajuste médio da RGE foi de 12,39%; em Santa Catarina, a Celesc aplicou 13,53%; enquanto o Paraná apresentou elevação mais moderada, de 2,02%, segundo a Copel.

Esse cenário é agravado pela manutenção da bandeira vermelha patamar 2 em setembro de 2025, válida para todo o Brasil. O mecanismo, adotado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), acrescenta R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos e é acionado quando os reservatórios das hidrelétricas estão em níveis baixos, exigindo o uso de termelétricas — fontes mais caras e poluentes de geração.

Na prática, a cobrança transfere ao consumidor o custo adicional da operação do sistema elétrico.

Diante desse cenário, o modelo de cooperativas de energia renovável tem ganhado força como alternativa estrutural. Previsto na Lei nº 14.300/2022 e regulamentado pela ANEEL no âmbito da geração distribuída, o sistema funciona por meio da união de unidades consumidoras em cooperativas que compartilham a geração de energia limpa, como solar e biomassa.

A energia é injetada na rede elétrica e convertida em créditos proporcionais, que reduzem o valor da fatura diretamente junto à concessionária. Para clientes, esse modelo representa economia consistente, previsibilidade frente às variações sazonais e participação ativa na transição energética.

Estudos realizados pela Nex Energy, gestora de cooperativas de energia, indicam que a economia média para os cooperados chega a 20% nas contas de luz, além de contribuir para a redução de emissões de CO₂.

O modelo também democratiza o acesso à energia renovável, permitindo que pequenos negócios urbanos e famílias participem da geração limpa sem necessidade de investir em infraestrutura própria.

“O cooperativismo energético oferece uma solução coletiva, transparente e segura. Em um cenário de custos crescentes, consolida-se como alternativa de proteção ao cooperado e de incentivo à sustentabilidade”, avalia Bruno Marques, diretor comercial da Nex Energy.

Com sede em Curitiba, a Nex acompanha de forma sistemática a evolução do setor elétrico e os impactos das políticas tarifárias sobre consumidores residenciais e empresariais. Com amplo conhecimento em geração de energia distribuída, especialmente nos estados do Sul, a empresa analisa as transformações regulatórias e o papel das cooperativas no equilíbrio entre custo e sustentabilidade.

“As bandeiras tarifárias e os reajustes evidenciam a vulnerabilidade dos clientes às oscilações do setor elétrico. O modelo cooperativo surge como alternativa que alia estabilidade financeira e expansão de fontes limpas na matriz energética”, acrescenta Marques.

A abertura do Mercado Livre de Energia para Indústrias e comércios em baixa tensão (Grupo B), prevista para o segundo semestre de 2026, deve ampliar ainda mais a adesão a esse formato. Com descentralização, autonomia e maior competitividade, as cooperativas representam um caminho concreto para reduzir custos e fortalecer a transição energética no Brasil.

Compartilhe

Leia também

whatsapp negócios

Como gatilhos mentais potencializam vendas via WhatsApp

senior living economiapr

Senior living em Curitiba ganha prêmio mundial 

turismo sustentavel itaipu economiapr

Retrospectiva Economia PR: As matérias mais lidas de maio