A integração pós-fusão é uma das etapas mais críticas e frequentemente negligenciadas em um processo de fusão ou aquisição.
Mesmo após a assinatura do contrato e o fechamento da transação, é nesse momento que se define o sucesso real da operação. Empresários que lideram empresas familiares e holdings, especialmente os que movimentam cifras acima de R$ 30 milhões por ano, sabem que não basta fechar um bom negócio: é preciso integrar com excelência.
Por que a integração pós-fusão é tão desafiadora?
Choque de culturas organizacionais, processos internos duplicados ou incompatíveis, sistemas de gestão distintos, conflitos de liderança e tomada de decisão, além da resistência de equipes à mudança, são apenas alguns dos fatores que tornam a integração pós-fusão o principal motivo de fracasso em muitos processos de M&A.
Isso acontece mesmo quando o due diligence foi bem conduzido e a sinergia entre as partes parecia promissora.
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A importância de um plano estruturado de integração
Para evitar riscos e garantir que a integração traga os resultados esperados, é essencial estabelecer um plano estratégico sólido.
Esse plano deve contemplar pontos como governança, comunicação transparente entre equipes, mapeamento e padronização de processos, gestão de talentos e alinhamento da cultura organizacional.
A integração não pode ser tratada como uma fase operacional; ela é um projeto de alta gestão.
Estudos mostram: sem integração, o M&A fracassa
Segundo a Harvard Business Review, cerca de 70% das operações de fusão e aquisição não entregam os resultados esperados.
E o principal motivo é a falta de gestão adequada no processo de integração pós-fusão. Esse dado reforça a importância de tratar a integração com o mesmo nível de atenção estratégica dado à negociação inicial.
Quando começar a planejar a integração?
O ideal é que o planejamento da integração comece antes mesmo da assinatura do contrato de compra e venda.
Empresários experientes sabem que a integração deve ser pensada desde o início da negociação, passando pelo due diligence e envolvendo as principais lideranças de ambas as partes. Isso garante alinhamento e acelera os resultados no pós-aquisição.
Erros comuns que comprometem o valor da operação
Entre os erros mais frequentes estão: delegar a integração apenas ao time operacional, ignorar as diferenças culturais, não revisar os indicadores estratégicos, falhar na comunicação com colaboradores e clientes, e acreditar que o alinhamento acontecerá “naturalmente” com o tempo.
Esses equívocos podem corroer valor, gerar atritos internos e até comprometer a reputação da empresa no mercado.
Qual o papel do empresário na integração pós-fusão?
O empresário que construiu o negócio e agora realiza uma fusão ou aquisição precisa estar presente no processo.
Cabe a ele garantir que o legado seja respeitado, que as lideranças estejam alinhadas com os valores da organização e que as decisões estratégicas após a fusão reflitam uma visão clara de longo prazo.
Sua presença e posicionamento são diferenciais decisivos para o sucesso da integração.
E agora? Qual o próximo passo?
Se você está preparando sua empresa para uma fusão ou já concluiu uma aquisição, o plano de integração pós-fusão deve começar agora.