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IA criada no PR torna vendedores da grife Reserva em influenciadores

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Foto: Divulgação

Em um movimento que sinaliza a maturidade do varejo brasileiro diante da Inteligência Artificial (IA), a grife Reserva e o Grupo Ar&Co, gigante do varejo no Brasil, firmaram uma parceria com o Irrah Tech para desenvolver agentes de IA sob medida para o setor.

A iniciativa utiliza o RêGPT, solução que emprega o GPT Maker, plataforma brasileira que permite criar e treinar múltiplos agentes IA personalizadas para atuarem no atendimento ao cliente, em capacitações internas e estratégias de marketing de influência.

“A IA não vem para substituir pessoas, mas para potencializar o que cada time faz de melhor. Com a Reserva, criamos uma IA que entende o tom da marca, seus produtos e valores, e que pode atuar de forma estratégica em diferentes pontos da jornada”, afirma Jenifer Ferraz, Head de Produto e Negócios do Grupo Irrah Tech, grupo com sede no Paraná que desenvolve ecossistemas de inovações tecnológicas voltadas ao varejo.

Na prática, a tecnologia dará “vida” a diferentes etapas e funções dentro do ecossistema da marca — com foco especial no suporte à equipe comercial. Além de responder dúvidas de clientes com agilidade e empatia, a nova IA apoiará o treinamento da equipe ao transmitir o estilo e os valores da marca, e ainda servirá como base para que o time crie publicações criativas e relevantes, capazes de chamar a atenção do cliente.

“Em 2019 desenvolvemos o projeto “Somos Todos Vendedores”, que transforma vendedores em criadores de conteúdo e protagonistas da experiência de marca. Foi um grande passo e para apoiar ele criamos um portal próprio de vídeos de capacitação (apelidado de “Netflix dos vendedores”) e um canal de atendimento via Instagram. Agora nos perguntamos, por que não trazer IA para esse processo? Ela pode, por exemplo, ajudar o vendedor a acessar os diferenciais dos produtos de uma coleção, participar de treinamentos com uma simples pergunta e, assim, estar mais preparado para as vendas”, diz Ian Coutinho, gerente Reserva Praia & Retail Education.

A ferramenta também vai ajudar o vendedor a acessar conteúdos que o inspirem e sirvam de base para criar publicações criativas e relevantes. Por exemplo: ao querer divulgar uma camisa polo no Instagram ou TikTok, o vendedor pode solicitar um roteiro de vendas.

A IA consulta os diferenciais do produto e entrega um roteiro pronto, direto na palma da mão.

“É assim que formamos um verdadeiro exército de criadores de conteúdo”, acrescenta Coutino.

E o melhor, segundo ele, é que o desenvolvimento de uma IA com essa complexidade não exigiu uma equipe técnica dedicada nem investimento alto em tecnologia.

“Com o GPT Maker, conseguimos criar nosso próprio agente, treinar ele com a identidade da marca, com todos os diferenciais dos nossos produtos. Buscamos a forma mais fácil e segura de dar ao vendedor acesso a esse tipo de informação e tecnologia. É IA em potencial, sempre ao lado, dando suporte e segurança na hora de vender, o dia todo”, explica o gerente da Reserva.

“Criamos essa plataforma com base nos dados e necessidades reais da Reserva. Ele é treinado com o jeito da marca, com as palavras que ela usa e com o tom que o cliente reconhece. Com isso, conseguimos escalar um tipo de atendimento que é único, com personalidade, sem perder velocidade ou controle”, sublinha Jenifer.

Soluções com IA generativa estão ganhando força na automação de atendimento, pós-venda e educação corporativa. Segundo a The Business Research Company, o mercado global de IA generativa para serviços ao cliente deve crescer de cerca de US$0,51 bilhão em 2024 para US$1,76 bilhão em 2029.

Esses números refletem a adoção acelerada no uso de chatbots, assistentes virtuais e automação inteligente para melhorar a eficiência e personalização no atendimento.

Na Reserva, por exemplo, o agente de IA foi treinado com base em conteúdos institucionais, catálogos de produtos, políticas de troca e materiais de onboarding.

Segundo a profissional do Irrah Tech, a IA é operada 100% no Brasil, com servidores e gestão de dados locais, o que garante conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e permite ajustes em tempo real com base em métricas e feedback.

A proposta da empresa é que cada marca crie seus próprios agentes inteligentes, com o DNA da marca. O modelo se distancia dos atendimentos genéricos e propõe uma IA “com sotaque”, treinada para responder como se fosse uma pessoa da equipe. 

Se o cliente quiser programar falando “uai”, como um mineiro, é possível. Carioca? Também!

“Não estamos vendendo um robô, e sim uma tecnologia que permite às empresas criarem seus próprios agentes, com estilo, vocabulário e conhecimento específico. O GPT Maker funciona como um ‘laboratório de IAs’ para o varejo e outros setores”, reforça Jenifer.

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