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Setor de fintechs registra avanço na liderança feminina

fernanda zago economiapr
Foto: Divulgação

A presença feminina em cargos de liderança no setor de fintechs ainda é minoria, mas alguns exemplos mostram que o cenário está mudando.

WEpayments, instituição de pagamentos com foco em processar pagamentos internacionais e locais para empresas digitais, foi reconhecida como referência em liderança feminina no relatório “Women in Fintech: Agora é a nossa vez”, promovido pelo Silva Lopes Advogados, que analisou 354 empresas do setor de fintechs e pagamentos autorizadas pelo Banco Central.

O levantamento revelou que 41,2% dessas empresas possuem mulheres na diretoria, mas apenas uma pequena parcela delas apresenta paridade de gênero. A WEpayments figura entre as exceções positivas, integrando o TOP 2 das empresas com maior percentual de mulheres na diretoria (67%).

De acordo com o estudo, o cenário de liderança feminina no ecossistema de fintechs ainda é desigual: apenas 8,3% das instituições possuem mulheres no cargo de CEO ou Diretora-Presidente, e em média, as mulheres ocupam 37,8% dos assentos de diretoria.

Nesse contexto, a WEpayments desponta com números acima da média nacional. Atualmente, 58% de sua liderança é composta por mulheres, contra 41% de homens, demonstrando um avanço expressivo em relação ao panorama do setor.

Para a CEO da WEpayments, Fernanda Zago, os desafios de gênero ainda estão presentes, mas cada conquista tem um efeito transformador sobre o mercado. Ela afirma que ser uma mulher em posição de liderança no Brasil exige equilíbrio e resiliência:

“Ser CEO mulher no Brasil ainda traz alguns desafios ligados às diferenças de gênero, especialmente na forma como as atitudes são interpretadas. Isso faz com que muitas líderes precisem ter um cuidado extra na forma de se comunicar, equilibrando presença e empatia. Além disso, ainda existe um olhar de desconfiança em ambientes majoritariamente masculinos, o que exige resiliência e autoconfiança. Por outro lado, cada conquista ajuda a transformar essa percepção, mostrando que diferentes estilos de liderança podem conviver e enriquecer o mundo dos negócios.”

Além da representatividade de gênero, a empresa também demonstra um compromisso com a diversidade racial. Segundo dados internos de 2025, 61,22% de sua equipe se autodeclara branca, 30,61% parda e 8,16% preta, números que reforçam o desafio e o compromisso contínuo de ampliar a presença de grupos sub-representados no setor de tecnologia e finanças.

O relatório “Women in Fintech” também aponta que o avanço da diversidade não é apenas uma questão de justiça social, mas de vantagem competitiva. De acordo com o levantamento, 71,8% das mulheres entrevistadas acreditam que a presença feminina é crucial para a inovação no setor e 66% afirmam que a diversidade de gênero impacta positivamente na tomada de decisão.

Na WEpayments, a equidade de gênero é tratada como parte de uma estratégia de inovação e impacto social. A empresa mantém políticas que estimulam o equilíbrio entre gêneros e o incentivo à liderança plural.

Fernanda destaca que o objetivo vai além de atingir índices ou rankings, e está relacionado a consolidar uma cultura de pertencimento.

Segundo ela, “para nós, não se trata de uma corrida por mais mulheres na liderança, mas de mais um degrau na conquista por maior diversidade e inclusão em todos os níveis. Quando criamos espaços genuinamente diversos, impulsionamos a inovação e fortalecemos o impacto positivo que a tecnologia financeira pode gerar na sociedade.”

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