Políticas públicas inovadoras estarão no centro dos debates do Festival Internacional de Inovação de Londrina (FIIL 2025), que será realizado nos dias 27 e 28 de novembro, no Parque Ney Braga. Especialistas e secretários de Estado apresentarão experiências que vêm transformando o atendimento ao cidadão.
Uma das vozes centrais do debate sobre educação será Alessandra Aranda Nicolau, diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Solução Contagie.
Ela apresenta a palestra “Alfabetização: Do chão da escola à gestão”, às 15 horas do dia 27, na Arena Paraná. A educadora defende que a inovação escolar só tem impacto real quando segue evidências científicas sobre leitura e escrita e respeita contextos culturais regionais.
Para Alessandra, inovar não é apenas adotar metodologias modernas, mas alinhar currículo, formação docente, avaliações e uso pedagógico de dados.
“Inovações devem contribuir para reduzir desigualdades”, afirma.
Tecnologias assistivas, materiais contextualizados e monitoramento contínuo elevam indicadores de aprendizagem e ajudam a reduzir evasão e defasagem.
Ela alerta ainda para desafios persistentes, como descontinuidade de políticas, lacunas na formação de professores e desigualdades estruturais.
“Busca-se o número, mas esquece-se do processo”, resume
O segundo dia do FIIL 2025 reúne gestores estaduais para discutir o avanço das políticas públicas de inovação no Paraná. Pela manhã, o secretário das Cidades, Guto Silva, apresenta as iniciativas de cidades inteligentes e o uso de ferramentas de inteligência artificial já em operação no Estado.
Segundo ele, cinco soluções estão ativas e a meta é chegar a 30 no próximo ano, com aplicações que vão da assistência a professores à sincronização de semáforos e ao planejamento ambiental. Silva afirma que o objetivo é modernizar serviços e qualificar o atendimento ao cidadão.
Na tarde do dia 28, o secretário da Saúde, Beto Preto, aborda a integração da saúde como componente do ecossistema de inovação. Ele destaca que tecnologias devem reduzir deslocamentos e tempos de espera, além de melhorar a capacidade de resposta dos serviços.
Para o secretário, a atualização constante de informações sobre o paciente permite oferecer atendimento mais eficiente e evitar desperdícios.
Em seguida, a professora Michele Pillon trata do papel da inovação nas políticas públicas. Ela afirma que a inovação está presente em todas as áreas e funciona como propulsor para multiplicar resultados.
Segundo Michele, o principal desafio é estrutural, já que muitos municípios não possuem áreas específicas para inovação. Para ela, é essencial criar estruturas administrativas robustas e investir na formação permanente de servidores.
Encerrando a programação da Arena Paraná, o secretário de Inovação e Inteligência Artificial, Alex Canziani, apresenta ações voltadas ao fortalecimento dos municípios.
Ele cita investimentos estaduais em projetos estruturantes, como o Parque Tecnológico da UEL e a expansão do Hub X, além de repasses destinados diretamente às cidades. Canziani afirma que o Estado busca consolidar bases para o avanço contínuo e sustentável das iniciativas de inovação.