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PR encerra 2025 com internacionalização fortalecida apesar do tarifaço

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Foto: Gelson Bampi

O ano de 2025 termina com um alerta para a indústria brasileira: o tarifaço anunciado pelos Estados Unidos, que elevou para 50% a taxação de diversos produtos nacionais, já provoca reações nas cadeias produtivas e exige respostas estratégicas.

No Paraná, o movimento tem sido o de fortalecer a internacionalização como ferramenta de proteção, competitividade e articulação global. 

A medida norte-americana representa mais do que um ajuste pontual, sinalizando um reposicionamento do maior mercado consumidor do planeta, responsável por 3,6 trilhões de dólares em importações anuais.

O Brasil, que hoje responde por cerca de 1,1% desse fluxo, pode ver sua participação cair pela metade. Diante do cenário, o Paraná encerra 2025 consolidando políticas de inserção externa e expandindo sua presença em ecossistemas globais. 

Inserção estratégica 

A área de Relações Internacionais do Sistema Fiep, por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN-PR), ampliou neste ano o atendimento a indústrias que buscam se manter competitivas frente às mudanças geopolíticas.

Entre os serviços oferecidos estão a emissão do Certificado de Origem em formato físico e digital, capacitações em comércio exterior, rodadas de negócios, consultorias e prospecção internacional. 

As missões técnicas — uma das principais ferramentas de internacionalização — tiveram papel central. Nos últimos dois anos, foram 32 viagens internacionais, envolvendo 18 países, quatro continentes e 12 setores industriais.

Ao todo, 310 empresários participaram de visitas a centros de inovação, hubs tecnológicos e potenciais parceiros comerciais.

“Quando o Paraná se conecta ao mundo, amplia fronteiras de inovação e transforma oportunidades em desenvolvimento real para a indústria”, afirma Higor de Menezes, gerente de Relações Internacionais da instituição. 

Inteligência, articulação e futuro 

Entre as iniciativas estruturantes, o Paraná4Business — lançado em 2025 — atua como um hub de conexão entre empresas, investidores e mercados prioritários. Já o Pacto-X, desenvolvido pelo Observatório do Sistema Fiep, concentra análises sobre tendências e riscos do mercado norte-americano, hoje diretamente afetado pela nova política tarifária.

Paralelamente, o programa Rotas Estratégicas 2040 desenha cenários de longo prazo e identifica setores emergentes capazes de posicionar o estado na nova economia global. 

O presidente do Sistema Fiep, Edson Vasconcelos, considera que, para ampliar seu protagonismo no cenário comercial internacional, o Brasil precisa também fazer sua lição de casa.

Isso exige a viabilização de acordos bilaterais modernos e a consciência de que a abertura comercial é um compromisso com o desenvolvimento industrial.

“Por isso, precisamos de um governo que atue como indutor da competitividade e promova uma agenda de reformas consistente”, afirma. 

Para 2026, o Sistema Fiep projeta fortalecer a agenda internacional para promover ajustes estratégicos rumo à expansão de fronteiras.

A expectativa é de que o estado avance na diversificação de mercados, amplie acordos de cooperação e consolide parcerias capazes de reduzir a dependência de fluxos mais sensíveis às tensões globais.

Em um cenário internacional ainda em reconfiguração, o Paraná se prepara para transformar desafios em oportunidades e aprofundar seu papel como protagonista de uma economia industrial mais conectada ao mundo. 

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