Enquanto diversas cidades brasileiras vivem um movimento de retomada econômica tradicional no início do ano, Curitiba se firma como um dos mercados do setor imobiliário aquecidos no país, principalmente quando o assunto é locação de imóveis.
Para se ter uma ideia, a expectativa é que, durante o período de alta demanda por aluguel [tradicionalmente entre os meses de dezembro, janeiro e fevereiro], a capital paranaense registre um aumento próximo de 100% no número de locações de residências efetivadas.
De acordo com o CEO da Casa Prates Imóveis, uma das principais imobiliárias de Curitiba, Fernando Prates, essa alta é impulsionada, principalmente, pelas características do início do calendário anual.
Segundo ele, esse período concentra transferências profissionais, mudanças de famílias inteiras com crianças em idade escolar e, claro, a chegada de estudantes universitários à capital paranaense.
“Tudo isso acaba gerando uma movimentação intensa, tanto por imóveis disponíveis quanto por novos projetos de vida”, explica Fernando.
Ainda para ele, o crescimento na procura por locação no início do ano é puxado por públicos muito bem definidos.
“Parte significativa dessa busca vem de famílias que tomam a decisão de se mudar para Curitiba, seja por transferência profissional ou pelo início de novos ciclos acadêmicos, como é o caso de estudantes que chegam à capital paranaense para cursar o ensino superior”, enfatiza.
O reflexo dessa movimentação já é sentido na prática: os imóveis mais procurados – apartamentos de dois a três quartos – continuam sendo os “queridinhos” das locações familiares. Localizados nas regiões próximas ao centro da cidade, estes imóveis têm rápida ocupação, reduzindo significativamente a oferta.
“Esse é o tipo de imóvel que melhor se adapta às necessidades da maior parte das famílias, especialmente por combinar espaço adequado a um custo-benefício competitivo. A localização próxima ao centro é outro fator decisivo”, ressalta Fernando.
Por outro lado, a procura por apartamentos tipo estúdio tem sido mais associada ao público que busca moradias de curta duração e está em trânsito na cidade.
Contudo, em ambos os casos, o fenômeno tem gerado impactos diretos tanto para quem busca uma casa para morar quanto para investidores atentos a fatores como rentabilidade e segurança.
“Hoje, proprietários que disponibilizam imóveis neste mercado garantem retorno praticamente imediato”, aponta o especialista.
Ainda de acordo com o CEO da Casa Prates, a expectativa é que, no decorrer de 2025, o mercado de locação de imóveis mantenha o ritmo de aquecimento no início do ano.
“A previsão é que, com o aumento no estoque de empreendimentos para venda, conforme previsto para os próximos anos, isso impacte positivamente o mercado de locação, equilibrando a balança entre oferta e demanda”, finaliza Fernando Prates.