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Integração entre práticas sustentáveis e transformação digital gera inovação

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Foto: NanoStockk de Getty Images/Canva

No cenário corporativo atual, empresas que aliam práticas de governança sustentável a soluções tecnológicas não só aumentam a eficiência operacional, como também se destacam pela inovação e adaptabilidade.

É o que revela um estudo recente do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas (PPGEPS) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), intitulado “Governança Sustentável e Transformação Digital”, que analisou 402 empresas de transformação no Brasil. 

A pesquisa conduzida pelo Grupo de Operações, Produtos e Estratégias Digitais (GOPED) da PUCPR, destacou como a integração de tecnologias de ponta e princípios de ESG – Ambiental, Social e Governança, em português, pode transformar o desempenho organizacional em diversos setores.

Entre as empresas analisadas, 62% possuem um departamento dedicado a práticas sustentáveis, 54% têm departamentos responsáveis pela transformação digital e 44% integram ambas as áreas.

Das instituições participantes, 72,6% são grandes e médias empresas, com mais de 100 colaboradores, concentradas principalmente nos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande Sul e Minas Gerais. 

“O uso de tecnologias avançadas como Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial, blockchain e robótica colaborativa contribui significativamente para melhorias operacionais, financeiras e de inovação.  No entanto, não é necessário implementar primeiramente uma base sólida, seja de transformação digital ou de sustentabilidade, mas é preciso buscar a integração dessas áreas para maximizar os resultados,” destaca o professor do PPGEPS da PUCPR, Guilherme Benitez.

O estudo também apontou que tecnologias Front-end, ou seja, de suporte, como realidade aumentada e virtual, impressoras 3D, simulação e robótica, têm maior impacto quando integradas com práticas de governança sustentável.

Ainda assim, o estudo alerta que muitas empresas enfrentam desafios culturais e estratégicos, o que dificulta a integração entre tecnologia e governança.

Em meio a esse cenário, algumas empresas têm se destacado como exemplo pela implementação de soluções digitais que promovem uma governança sustentável.

Um exemplo é o Grupo Marista, que lançou, neste ano, os Indicadores Estratégicos, uma iniciativa baseada em Big Data que centraliza e automatiza a gestão de dados de suas frentes de missão. A ferramenta oferece acesso rápido e atualizado a informações críticas, permitindo decisões mais ágeis e eficientes.

“Desde a implementação constatamos melhorias na eficiência operacional do Grupo Marista. Com dados atualizados em tempo real, conseguimos aumentar a produtividade”, afirma a diretora de Relações Institucionais e Governamentais do Grupo Marista, Carmem Murara.

Segundo a diretora, a governança digital sustentável não é apenas uma tendência, mas um requisito indispensável para organizações que desejam se destacar num ambiente competitivo.

“Facilitar o acompanhamento de processos e garantir a adaptação da organização em governança reforça nosso compromisso com a sustentabilidade”, conclui.

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