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Intenção de consumo das famílias paranaenses segue em baixa em abril

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Foto: Syda Productions/Canva

O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) teve recuo de 0,9% no Paraná na passagem de março para abril, encolhendo para 91,5 pontos.

Há um ano o índice segue abaixo da linha dos 100 pontos, considerada a marca de otimismo na escala da pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR).

Na média brasileira, o ICF ficou em 101,6 pontos, com desaceleração de 0,4% em comparação ao mês anterior, além de uma baixa de 1,6% na variação anual. Com esse resultado, o índice nacional permanece acima da linha de satisfação, o oposto do que se observa no Paraná.

Na comparação com abril de 2024, houve queda 6,9% no ICF estadual, sobretudo pelo enfraquecimento na percepção dos paranaenses quanto à segurança no emprego e acesso ao crédito, com consequente redução na perspectiva de consumo para os próximos meses.

Embora o item Emprego Atual esteja com 110,3 pontos e, portanto, dentro da zona de satisfação, a avaliação sobre este aspecto apresentou retração de 10,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Contudo, a Perspectiva Profissional se mantém positiva, com alta de 14% na comparação anual.

Com redução de 8,3%, o Acesso ao Crédito está mais difícil para 54,2% dos paranaenses, reflexo da elevação contínua das taxas de juros.

Entre os indicadores mais críticos estão a Perspectiva de Consumo, que registra apenas 59,9 pontos e despencou 34% na comparação com abril de 2024, e o Momento para Duráveis, com 57,8 pontos e uma contração de 3,5%.

Os dados indicam que os paranaenses não consideram o momento propício para a aquisição de bens de maior valor, como eletrodomésticos, televisores e eletrônicos.

A análise por faixa de renda mostra um contraste significativo entre os dois grupos analisados. As famílias com renda de até 10 salários mínimos apresentaram retração de 1,2% no ICF de abril em comparação a março, marcando 90,4 pontos.

A insatisfação foi motivada principalmente pela queda no Nível de Consumo Atual (-5,1%) e no Momento para Duráveis (-5,5%), indicando cautela nas decisões de compra.

Já entre as famílias com renda superior a 10 salários mínimos, o índice subiu 0,7%, alcançando 96,8 pontos. Embora ainda abaixo do patamar considerado satisfatório, o grupo demonstrou melhora na expectativa de consumo futuro (4,0%), na avalição sobre a compra de bens duráveis (4,5%) e em uma facilidade maior no acesso ao crédito (4,2%) em função da renda mais alta.

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