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Plataforma de IA para professores é lançado durante o 30º CIAED em Curitiba

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Foto: Divulgação

Com a popularização de ferramentas como o ChatGPT, o ensino superior passou a conviver com um novo desafio: como aproveitar o potencial da inteligência artificial sem comprometer a qualidade do processo pedagógico?

Embora acessíveis e ágeis, soluções generativas generalistas foram criadas para responder a qualquer tipo de pergunta — e não para apoiar o planejamento, a avaliação e o acompanhamento acadêmico com a profundidade que a educação universitária exige.

Pensando nisso, nasceu a Maieutics.AI, startup curitibana que criou uma plataforma de inteligência artificial voltada exclusivamente para docentes do ensino superior.

Diferente de soluções como o ChatGPT, a Maieutics.AI compreende a lógica de progressão dos conteúdos, respeita a matriz curricular das instituições e gera questões inéditas, rastreáveis e adaptadas aos objetivos de aprendizagem de cada curso.

A solução será lançada oficialmente durante a 30ª edição do CIAED (Congresso Internacional ABED de Educação a Distância), que ocorre entre os dias 7 e 10 de maio em Curitiba, com um relatório exclusivo sobre os usos, desafios e perspectivas da IA no contexto universitário.

“Ferramentas como o ChatGPT são modelos generalistas, treinados para responder a qualquer tema. Já a Maieutics foi desenhada para atender ao rigor acadêmico e às necessidades pedagógicas dos professores universitários. É uma IA com intencionalidade educativa”, afirma Rodrigo Streithorst, CEO da Maieutics.AI.

Lançada em 2024, a plataforma já é utilizada por universidades públicas e privadas em todo território brasileiro, Colômbia, México, Argentina e Estados Unidos, com suporte em português, inglês e espanhol.

A expansão para outras regiões da América Latina e novas parcerias com instituições norte-americanas estão previstas para o segundo semestre deste ano.

A Maieutics.AI permite que professores transformem conteúdos em múltiplos formatos (PDFs, slides, vídeos, textos e áudios) em avaliações personalizadas, com até 11 tipos de questões (como múltipla escolha, dissertativa, verdadeiro ou falso, entre outras), respeitando o nível de dificuldade, as diretrizes da disciplina e os critérios de avaliação institucionais.

Segundo um estudo da Universidade de Tecnologia de Luleå, na Suécia, mais da metade dos professores do ensino superior já utilizam IA generativa, mas 55% deles manifestam preocupações com a confiabilidade e o risco de plágio.

No Brasil, a pesquisa ABMES + Educa Insights mostra que 71% dos estudantes usam IA para estudar, e 84% acreditam que a tecnologia pode substituir parcial ou totalmente o papel docente — o que acende um alerta sobre o uso não qualificado dessas ferramentas.

“A IA precisa ser uma aliada da educação, não um atalho. O ChatGPT foi feito para conversar com o mundo, a Maieutics foi feita para dialogar com o ensino superior. Nossa missão é devolver ao professor o tempo necessário para ensinar com profundidade, sem abrir mão do rigor acadêmico”, conclui Streithorst.

Além de gerar questões inéditas, a plataforma oferece relatórios pedagógicos detalhados, adaptação por perfil docente, integração com sistemas institucionais e rastreabilidade de competências — um diferencial importante para garantir qualidade, transparência e personalização no processo avaliativo.

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